VILAR MAIOR
Muita água!
Muita Fraga!
E muita giesta!
Vilar Maior! Badamalos! Arrifana!
Folha do Escabralhado e da Bismula!
Terras por onde o rio da minha alma corre!
O lugar do Pereiro!
E lá ao fundo cantando a Ribeira…
O cheiro a resina dos pinheiros…
A flor das giestas…
As maias!
O açude dos dos Gatas acima das poldras!
O moinho! As Veiga semeadas!
E ao passar ao bacelo do Carlos Freire,
A curva das cerejeiras…
A torre de menagem …
A flecha branca da igreja…
As alminhas…
O Pelourinho…
O paço dos Rebochos
A lenda da senhora dos cornos…
Vozes e passos indo e vindo no grande no casarão deserto…
Almas penadas do outro mundo…
E o Vento fazendo ranger as portas!
As noites frias!
A lareira acesa pela noite fora!
As bogalhadas!
Os caretos de Entrudo!
O toco! As janeiras!
As ceifas, as malhas!
Os bailaricos no terreiro!
A concertina do Zé Laranja …
Eternamente desafinada
(como se alguém se importasse!...)
a tocar no cima do povo!
A capela dos Senhor dos Aflitos!
A capelinha de S. Sebastião…
Carreirinhos abertos na erva das Hortas da Ribeira
Levando aos poiares de pesca!
Leiras de pimentos e feijões de estacada ao alto nas hortas
Ai a frescura da adega!
Ai o presunto dependurado do tecto
(guitarra portuguesa comida às fatias)
Com um copo de tinto a correr da pipa!
Ai pimentos curtidos na talha!
Ai queijinho fresco de cabra todos os dias!
E as resguardas da ponte…
Ai se aquela resguardas falassem!
Sob a nogueira ao portão do Manel
Os beijos dos namorados!
Ai nogueira que velha estás!
Ai casais de namorados, o que é feito de voz agora?
Ai Mocidade! Mocidade!
Quando o sonho comandava a vida!
A minha gaita-de-beiços
Comprada no mercado de Alfaiates!
Como me lembrais agora?
E a grande Amoreira
que havia no Curral grande do Simões
E a rusga aos ninhos?
E o rebusco às vinhas
à saída da escola?
E o Chico Bárbara passando à porta
a cavalo no seu boi preto
cumprimentando com um ´’olá menino Joãozinho’?
Ai! Ai! Ai!
Mil vezes ai!
Que a minha mocidade
há muito foi na enxurrada
da vida!
Agora…
É a Marta quem me diz
- Pai vamos apanhar as sardaniscas!
E eu…
Mocidade… Mocidade…
Pela mão dela,
Vou
à caça de sardaniscas
nos muros dos quintais…
Também
a cavalo no meu boi
preto!
. De novo, a condessa de Bo...
. Vilar Maior, minha terra ...
. Emigração, Champigny-sur-...
. Para recordar - Confrater...
. Requiescat, Isabel da Cun...
. Em memória do ti Zé da Cr...
. Requiescat in pace, Fenan...
. Paisagem Zoológica da Vil...
. Gente da Minha terra (192...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine