A Zabel nasceu no sítio alto dos jornaleiros e dos artificies, lá para o cimo da Vila, perto da Igreja de S. Pedro, onde as casas são, por regra, térreas. O pai não era homem de trabalhar para os outros e, para si, trabalhava quanto baste. Trabalhos pesados, nem pensar! Alto demais para se curvar sobre a terra, preferia olhar o céu, de sacho de rabo comprido, ao ombro, chapéu de feltro desassombrado do olhar e cigarro pendente. Apavorava os garotos: - Ah ladrão! Foste tu que deitaste fogo à ribeira! A acusação de tanto repetida acabava por ser uma saudação.
Os dias de Verão eram um inferno de calor e de trabalho. Os corpos crestados pela inclemência do sol, vergados ao peso dos instrumentos agrícolas que, ora esventram o solo com violência, ora o dessedentam com água do rio, ora lhe alisam a face, ora o ondulam em gomas e socalcos, ora lhe catam, docemente, as ervas ruins, ora lhe tornam os frutos. Às vezes, cortam-lhes os cabelos.
A Zabel vive numa comunhão imensa e intensa com a terra, a ponto de tirar as alpergatas. Não sabemos se para as poupar, se para a pisar levemente. De tanto olhar a terra, de tanto a amanhar, fica-lhe o corpo arqueado como se aí se esgotasse o seu ser. Ela gosta, obsessivamente, da terra: Antes do sol nascer, galga o caminho ara lá chegar para, durante o dia todo, a mimar, desta ou daquela maneira, de forma tão absorta que só quando a escuridão a impede de prosseguir volta para casa. E, certamente, os seus sonhos hão-de ser térreos: do canto que ficou por debruar, da ribeira que seca e do renovo que estiola, das batatas que, de tão grandes, não cabem nas sacas.
A Zabel não cantava. Falava. Às vezes, sozinha, às vezes, docemente, com as cabras e o burro, se andavam às direitas. Mas, quando o burro não encarreirava ou as cabras, gulosas, deitavam o dente ao renovo, praguejava: - Bitardas, coirões, almas do Diabo, almas de cevada, marranas, filhas da puta.
Também falava com as pessoas:
-Ó senhor João, você já viu o nosso batatal? No princípio, no valiam nada, até paresque lhe tinha dado o mal murche! Mas arrepare agora nelas!
E o senhor João:
- Oxalá que no seja apenas vício! Olhe que as nossas, o ano passado prometiam e depois eram uns batatecos sem jeito.
A Zabel não tinha tempo que não fosse para a lide das terras.
O Joaquim nasceu filho de lavrador e cresceu, olhando os campos que o pai rasgava para enterrar os grãos donde haviam de nascer loiras espigas. E, de tudo isso, aprendeu que é a força do trabalho que gera os alimentos, que sustentam o homem. Da junta de vacas, copiou a força tranquila e a lentidão do passo. E da tapada maior que o pai lavrava, aprendeu como a persistência é necessária, de como das coisas pequenas se fazem coisas grandes. Ele parecia forte como o carvalho que cresce devagar mas seguro, que verga o suficiente mas mantém a direcção. Por isso, Valente de nome, não precisou que o acertassem com a vida. Dos animais com que, diariamente, lidava aprendeu as perícias de cada um. Viu, com os seus próprios olhos, como a Natureza se sustentava e como apareciam os seres novos. Via o pai, semeador, com o saco de grãos de centeio e que, de mão cheia e gesto largo de braço, se lançava, uniformemente, à terra. Ele próprio pingava milho, feijão, batatas por regos, que a enxada do pai abria e fechava. E como as ervas daninhas apareciam de pequenas sementinhas.
No dia em que o pai semeava a Tapada, num canto da mesma, onde o arado não chegava e, tinha de ser ele a fazer o cadabulho, abriu um buraco, meteu uma bolota dentro e tapou com terra. Passaram dias e meses e nem se lembrara mais da bolota enterrada. Passado um ano, pelo dealbar do mês de Setembro, ao guardar as ovelhas, olhando para o canto da sua sementeira, reparou que um pequeno rebento saíra da terra. Sentiu-se um deus criador com poderes extraordinários. Tratou de lhe construir uma sebe em volta, protegendo-a da ameaça dos roedores, nomeadamente, das cabras que têm um dente excomungado. Hoje, é um carvalho de copa imponente onde o viandante se protegeria do sol em tempo de Verão e haveria de servir de sala de refeição aos ceifadores se ainda houvesse seara na tapada. Cumpre as leis da Natureza e, todos os anos, se despe da folhagem e se despe dela na altura certa. E todos os anos dá boletas e bogalhas e faz sombra mesmo que ninguém dela aproveite. Mesmo que ninguém saiba, faz o que tem de fazer.
Sem cogitações metafísicas nem lições, o Joaquim apreende a essência da matéria, da vida e dos processos. Do carvalho aprende o enraizamento à terra, a verticalidade e firmeza do tronco, a flexibilidade dos ramos, a leveza da folhagem, o sabor amargo do fruto. E o vagar do carvalho que respeita o ritmo do tempo.
Depois havia o vivo que o seu pai cuidava: a piara do gado e mais as cabras, mais as vacas, mais o burro e o marrano, para além do Farrusco, cão guarda da família e as pitas e os coelhos. E tudo junto era o vivo que era preciso sustentar e que, de acordo com a mãe Natura, se ia reproduzindo. Era pelo mês de Maio. O Joaquim lá foi ao entardecer, a caminho dos Labaços, buscar as vacas ao lameiro, sempre amedrontado, não fosse sair-lhe ao caminho algum lobo que abundavam mais na sua imaginação do que na realidade. Na vinda, a Amarela, todo o caminho desassossegada, ia montando para cima da Moirisca. Ao jantar, à volta do lume, era quando se punha a conversa em dia – sobre o que se tinha passado e sobre o que no dia seguinte se haveria de fazer. É, então, que o rapazito diz:
- Ó pai, olhe que a Amarela, hoje, só vinha a montar p’ra Moirisca!
O pai, cansado de um dia de trabalho, vira-se para a mulher:
- Ó Joaquina, então tu não deste conta, raio! Tinhas mandado o garoto com ela a Aldeia da Ribeira, com dia! A vaca anda toironda. É preciso ir com ela ao boi. O rapaz que se levante bem cedo e que vá a cavalo na burra. O raio da vaca que já está forra há mais de um ano, pode ser que desta pegue.
O Joaquim já havia aprendido os comportamentos e o vocabulário da procriação animal: da porca que anda barronda, da cadela que anda cachonda, da burra que anda parada, das cabras e das ovelhas que andam saídas. Ele bem sabia como o pai se lamentava quando as fêmeas ficavam forras ou, quando prenhas, deitavam a barriga (abortavam) por mor do prejuízo que acarretava. Daí que, sabendo que o pai tinha mais que fazer que andar a tratar de vacas toirondas, calculou que, para chegar a tempo à escola, tinha que se levantar bem antes do pôr-do-sol.
A mãe lá ia atanazando o lume, puxando as brasas para baixo da panela, onde fervia o caldo das couves-galegas. Tira o testo. Uma pitada de sal. Na sertã, derrete umas fatias de toucinho, cuja gordura há-de temperar o caldo. O garoto vai ao tonel, tira uma jarra de vinho que coloca na mesa, vestida de toalha de linho grosseiro, umas fatias de pão, os chicharrões da carne frita, um queijo de cabra feito à tarde, retirado agora do acincho e um copo de vinho bebido de uma vez só. Depois, lapareia-se do caço o caldo das couves a fumegar. Toca às Almas: um Pai-nosso, três Ave Marias e uma Glória pelas nossas obrigações e pelas almas do Purgatório, principalmente, pelas que mais precisarem. Sempre pelas que mais precisarem. De seguida, a mãe:
- Ó Joaquim vai-te deitar que amanhã tens de te levantar cedo, que bem sabes que o professor Rosa não aceita atrasos. Eu acordo-te que já dei corda ao despertador. O despertador era um daqueles objectos de luxo utilitário que intrigava o garoto pelo tic- tac, pela disposição dos algarismos romanos em círculo perfeito e não percebia como um objecto assim, chegada a hora, começava a tocar. Havia ali uma metafísica incompreendida. Segundo ouvira dizer, fora herdado do bisavô que, na necessidade de tomar o “Trama”, na Cerdeira, às tantas da matina e porque o comboio não espera, terá comprado o dito relógio.
O garoto levanta-se do moirão:
- Deite-me a sua bênção, pai. - Deite-me a sua bênção, mãe.
- Deus te abençoe. – diz um e outro.
Sai da cozinha alumiado pelo lume e pelo tremeluz da candeia e, às cegas, enfia-se na cama, onde, breve, os olhos se fecham e se abre o mundo dos sonhos.
Meio a dormir, meio acordado, saiu da cama. A mãe passou-lhe a mão molhada pela cara com água morna. O pai tinha soltado a vaca e aparelhado a burra, agarra o garoto e monta-o no catrapão:
- Quando chegares, chama o homem pelo nome e não te demores que tens a escola!
Quanto à primeira recomendação, havia-lhe contado o pai que o homem, de nome de baptismo, se chamava Zé Ferreira, mas que de nome lhe chamavam Grilo e que, uma vez que o seu avô o mandou lá nas circunstâncias em que agora ele ia, chamou cá de baixo, na escadaria: - Ó ti Grilo! Ó ti Grilo! E bem se fartou de chamar, mas o homem não apareceu e teve de regressar sem o serviço feito. O tempo propício à cobrição passou, donde resultou um prejuízo incalculável. Ao ti Grilo tanto lhe fazia, era mais uma menos uma que a clientela para o boi, para o cavalo, para o burro não lhe faltava dada a extensa área que cobria e dadas as necessidades certas e permanentes.
Quanto à segunda recomendação, ele não parava de picar a burra:
- Arre burra! Arre burra! Quanto à vaca, que já conhecia o caminho, até parecia saber ao que ia. Nesta pressa animada, as estrelas foram desaparecendo uma a uma e, ao passar junto às alminhas, restava no céu apenas a estrela do Bom Pastor, que ele tão bem conhecia.
Agora, era uma questão do ti Zé Ferreira estar já a pé, pensava, ao atravessar a ponte que a casa do homem era já ali, um pouco acima da Igreja.
Tanta sorte que nem precisou de chamar pelo homem que descia a escada com uma grande caldeira a fumegar. Certamente, a vianda para o boi e que, apercebendo-se da situação, abriu a porta do curral para onde a vaca entrou, antes de qualquer conversa.
- De onde és rapaz? – Sou da Vila. Ora, Aldeia da Ribeira e Vila não eram boas vizinhas. Mas o ti Grilo seguia a máxima “Inimigos, inimigos, negócios à parte”.
-E de quem és tu?
- Sou do ti Zé Valente e, – para ver se o apressava –, venho cá por mor da vaca que anda toironda.
- Pois, sim! Deixa o boi comer a vianda que já trata dela.
Entretanto, o rapaz estava admirado. Tudo lhe parecia enorme, desmesuradamente grande. O ti Grilo, o burro, o cavalo e o boi, tudo animal de cobrição.
Depois, a cerimónia foi breve – O ti Grilo soltou o boi e deu-lhe duas palmadas no lombo:
- Vai-te a ela, boi! Não se sabe se a ordem representou alguma coisa para o animal, mas nunca se viu ordem com tão grande cumprimento. Desembainhou o instrumento e, em breves minutos, num ritual vezes sem conta actualizado, estava consumada a inseminação e realizado todo o mistério da vida.
As contas seriam feitas pelo S. Bartolomeu e a forma de pagamento havia de ser o número de alqueires de centeio acordados pelas partes.
Agora, de regresso a casa, voltou a passar nas alminhas, o sol inundando já a paisagem e o sino da torre do relógio bate as oito horas. Grande relógio, – ouvia o pai comentar, – o de Aldeia da Ribeira que se ouve clarinho na Balsa e até nas Retortas se o vento for de feição.
- Arre burra! Anda Amarela, alma de cevada! A Amarela parece que perdera o fulgor e era preciso picá-la com a vara.
O garoto começava a imaginar o cenário da possibilidade de não chegar a tempo à escola e da reacção do professor Rosa. E, quanto mais atiçava os animais para se despacharem, mais sentia um aperto por dentro. E é, nesta corrida de regresso que, entrando na vila, ao dobrar para a Rua do Curral Grande, ouve o sino da escola a tocar ao chamamento dos alunos e vê o Manel, mais a Irene e o Francisco e outros em quase corrida, a irem para a escola. A mãe, pelos cabelos, aguardava-o à porta do curral com uma malga de leite migado. Mas o garoto nem lhe deu atenção. Atirou-se abaixo da burra, correu a casa a buscar a mochila dos livros e não quis saber de comer, na esperança de não despoletar a ira do professor Rosa. Correu pela rua de baixo. Pela Praça já não se via garoto. Sobe, ofegante, a escadaria do muro. Põe o ouvido à escuta: Seis vezes um seis, seis vezes dois doze… o cantarolar da tabuada.
Abriu devagarinho a porta e a cantilena parou, abrupta, num silêncio expectante.
- Bom dia, senhor professor. – disse, baixo.
-Bom dia, menino Joaquim! Então? Isto é que são horas de chegar? O que andou o menino a fazer?
- O mê pai mandou-me a Aldeia da Ribeira ca vaca ao boi….
- E, então, o teu pai não podia fazer isso?
- Não, senhor professor! Tinha que ser mesmo o boi.
O professor Rosa mal se conteve e saiu, apressadamente, da sala. Fechando a porta, riu, riu que daquela não estava à espera. E o Joaquim e os colegas nunca chegaram a perceber porque é que ele se tinha safado de umas reguadas valentes.
E, nesse dia, o Joaquim até achou o mundo bem melhor, porque uma das coisas que atormentava a sua infância era o professor Rosa e as reguadas que distribuía, equitativa e generosamente, pela incorrecção comportamental, pelos erros do ditado e da tabuada, pelas falhas da leitura, pelo borrão da tinta no caderno, pela cara que não estava lavada como ele queria, pela linha do desenho demasiado grossa ou demasiado fina, pelo sombreamento que estava a menos ou a mais, pela perna do p mais para a direita ou mais para a esquerda…Enfim, por todas as imperfeições deste mundo. Neste Vale de Lágrimas, era o professor Rosa que infernizava a vida. Não bastando o sofrimento das reguadas do professor Rosa, a catequista, com a bênção do Senhor Reitor, pintava o Inferno de forma tão realista que, dir-se-ia, que nele tinha vivido uma eternidade.
E, foi assim, que o Joaquim foi crescendo na imensidão de coisas sempre novas num primeiro acontecer e num pasmo incrédulo do ser assim. Depois, viu que tudo se repete e que a vaca toironda o há-de voltar a ser e que de novo parirá e que mãe e filha toirondas andarão e novas crias crescerão. E que as noites sucedem aos dias e que as estações se repetirão sempre. E, neste repetir, vai o Joaquim vivendo os dias, amadurando como o carvalho que plantou e já o ultrapassou em altura. É, agora, um viçoso reboleiro que resiste ao vento, à geada e à seca estival.
A Zabel é uma rapariga que, em altura, atira ao pai e que, mais do que aprender as lides de casa, se ocupa do cultivo dos campos e do cuidar do vivo que são o burro e as cabras que a consomem por mor da voracidade e da guloseima das verduras proibidas. Não foi criança de jogar às “Escondidas”, “ A lua sai que agarra”, “ O Sapo”, “A Fustigada”, “ o Corcho Lorego” e, muito menos, o jogo do “Anel”. Não dada a cogitações metafísicas, as coisas são o que são, sem fintas nem rodeios e desgostava-se com transições, com mudanças que lhe roubavam as certezas. Não entendia porque as coisas haviam de mudar e, menos ainda, pelas mudanças que ela própria sofria. E, foi nesse mudar, que deu consigo adulta, mulher, a sentir tensões que, como fogo, se acendiam e apagavam.
O Abril, que havia de ser de águas mil, foi seco e, em Maio, o calor subiu tanto que era insuportável quando o sol estava a pino. É certo que a ribeira corria abundantemente. Valeram os nevões de Dezembro e as chuvas de Fevereiro. Mas, naquele dia, que ficaria a ser o dia dos dias, a temperatura era desmedida. Ao Joaquim que deslabrava o batatal, valia-lhe a presa da Fonte Fria para se dessedentar. Não lhe bastava o calor do sol senão que, sentia da outra margem do rio, o sacho da Zabel que arrancava as ervas daninhas de entre os feijoeiro, ao mesmo tempo que estava de olho nas cabras do cabeço, não fossem comer o renovo. – Chiba p’ra lá, alma do Diabo! Estás com a gosma! Levas cá uma barrocada! E agarrava uma pedra que lhe atirava, afastando-a. A Zabel bem ouvia do outro lado o assobio do Joaquim, trauteando as melodias na moda que eram as melodias de sempre. Como quem não quer a coisa, é certo que se espiavam mutuamente. Às tantas, a Zabel desce a parede para o rio e, deitando-se sobre a pedra de lavar, atromba na água, seguindo o mui sábio conselho de que água corrente não mata a gente. O Joaquim, que se apercebera, acorre à margem e vê a Zabel, de pernas desnudas, num sorvedoiro, como se quisesse secar o rio e resolveu assobiar-lhe, como se assobia aos burros quando bebem.
- Ai, o alma do Diabo! Nunca a água me amargou quando o Diabo me assobiou!
- Não fosses tu marrana da pia que ninguém to dizia!
Bem quereriam avançar conversa, mas, antes que o vissem, ouviram o inconfundível passo do ti Pachocho que, manco, se encostava a um cajado que, como uma batuta, lhe marcava um ternário compasso de marcha.
E ao Joaquim não lhe saía da cabeça a imagem das pernas desnudas e a Zabel sentia um calor que não era, apenas, o do sol. E o som da sachola do Joaquim passou a dialogar com o sacho da Zabel, obedecendo a um mesmo ritmo, com aumento e diminuições de ritmo e com as mesmas pausas. E os dois sentem uma harmonia como música que os embriagava tanto, que o sol se escondera por detrás de um céu quente de cor de chumbo que, súbito, se abriu em trombas de água, raios e trovões. Corre ele e corre ela para o Choço da ti Zabel do Latoeiro, entalado entre duas enormes penedias. Encharcada, a roupa, colava-se aos corpos. Agora, é o peito da Zabel que, desnudo, se oferecia, no meio dos trovões e raios ao Joaquim, a quem nenhuma força conteria o vulcão de lava que, assim, explodiu no corpo dela, no exacto momento em que um trovão, o mais tronante trovão alguma vez ouvido, se seguiu ao raio que, de cima abaixo, rasgou a cerejeira da entrada do portão.
Depois uma imensa calma pairou sobre a terra. Calmos os corpos aproximam-se e num terno abraço beijam-se. Umas lágrimas quentes desceram pelo rosto da Zabel que o Joaquim, carinhosamente, limpou. Nada disseram. Saíram do choco. A trovoada tinha passado. No chão branco, coberto de granizo ficavam os sulcos do caminhar do Joaquim e da Zabel a caminho de uma nova vida.
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