Em fresca manhã de abril
Eu quero morrer na raia
Terras pardas do carril
A minha cova talhai-a.
Farda de contrabandista,
Dies irae em bom latim
Mão piedosa ma vista
Monges o cantem por mim
Meu desejo,deus o queira,
É mesmo morrer na raia,
Ver a linha da fronteira
Quando a vista se me esvaia.
Mas não é qualquer espaço
Que á minha alma convém.
A terra só é regaço
Se for de colo de mãe
Mas cabe em pequenas léguas
O chão por mim desejado
Outras lonjuras renego-as
A cada o seu eldorado.
Começa em Ciudad Rodrigo
Acaba em vilar maior
Mas voa sempre comigo
É um balão voador.
Pelo espaço deambula
Jornadeia rio e monte
Levita o ar a Bismula
Desce em aldeia da ponte
Estrela que ainda brilha
Ambiçao que se não perde
Ruelas de almedilha
Ou esquinas de valverde
Picos rupestres dos foios
Cercanias de arnganhã
Cantochão de frades loios
É noite,foi-se a manhã.
Podendo não ter zenite
A vida tem sempre ocaso
O sonho,vindo o limite
Encerram-se em negro vaso.
Mas eu que não temo a morte
Hei-de morrer a trovar
De pé,igualando em porte
Os castiçais do altar.
Ponto é que á hora de noa
Cante a trova derradeira
Nos plainos do ribacoa
A dois passos da fronteira.
Afinal,apenas peço
Que a passagem ao além
Náo seja fim mas regresso
Ao humus da terra mãe.
. Feliz Páscoa - Mandar rez...
. Igreja da Senhora do Cast...
. Projeto "Tornar Vilar Mai...
. Quando a festa virou trag...
. Requiescat in pace, Elvir...
. Requiescat in pace, Maria...
. Tornar a Vila numa aldeia...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine