VILAR MAIOR, minha terra, minha gente

Corria o ano de 1950 e as largas e abundantes folhas da figueira e os calções de dois dos infantes (o Carlos e o João) indicam-nos que estaríamos no Verão, Porque estavam tão festivamente vestidos talvez fosse pela festa do Sr dos Aflitos no 1º Dominfo do mês de Setembro. A mãe estaria grávida do Júlio, com um tempo de cerca de cinco meses.

Passaram 55 anos.

 Alajoeiras – Assim se designa o açude que permitia regar as férteis veigas das retortas; que servia de habitat a uma inúmera colónia de cágados que emergindo da água se perfilavam na imensa laje até que a pedrada de um garoto os assustasse para num repente mergulharem todos à uma. Ali onde nos mais extremos estios a água não faltava ficavam enguias de ano para ano e os barbos atingiam a dimensão do chicharro. Ali se acoitava uma infinidade de animais aquáticos. Ali se vinham dessendentar animais domésticos e animais selvagens. Pelos arredores havia enormes lajes que serviam de eira para malhar cevada, trigo ou centeio, linho, grão-de-bico ou feijão. Da aglutinação sonora há lajes eiras terá derivado o topónimo – alajoeiras. Na ausência de uma melhor explicação esta parece lógica.