Candeeiro de mão, assim se chamava por se , ao contrário da candeia e do candeeiro de vidro, se transportar na mão. Quando era preciso ir buscar bens às lojas ou tratar dos animais, ou circular de noite nas ruas ou ir manhã muito cedo apanhar o Trama ao Noémi. Enfim, sempre que fora de casa era necessário dissipar as trevas da noite. O seu concorrente era a lanterna que podia ser alimentada a azeite em vez de petróleo.
Este é o pontão sobre o rio Côa. Quando de Vilar Maior se ia apanhar o combóio ao Noémi (Quase sempre o Trama que por ali passava cerca das 8 horas da manhã) atravessavam este pontão, homens e burros que transportavam a mercadoria. Em baixo, no leito do rio corre um corredor empedrado onde passavam os carros dos bois.
No tempo em que os caminhos de ferro eram o único meio de comunicação que nos ligava ao mundo.
No tempo em que o povo sabia poesia, cantava cantigas e bailava nos largos da aldeia.
Destas pessoas, poucas masi restam que a ti Olinda, que entre muitas outras me confiou esta. Fez 100 anos neste mês de Setembro e continua sã de corpo e sã de espírito.
Ao romper da bela aurora
Sai o pastor da cabana
A gritar em altas vozes
Muito padece quem ama
Muito padece quem ama
Mas muito mais quem namora
Mais padece quem não vê
Os seus amores a toda a hora
Na serra é que se encerra
Os segredos do amor
O leite é branco pr’a gente
Só é negro pr’ao pastor
Ó minha pombinha branca
Quando há-de ser a hora
Que eu te veja dar o salto
Do teu pombal para fora
Da tua casa para fora
Da minha para dentro
Para podermos combinar
O dia do nosso casamento
Pôr a cadeira
Esta era uma das tradições de Vilar Maior. Sempre que havia um casamento, as crianças arranjavam uma cadeira a qual ornavam com uma toalha, normalmente de linho, colocando no assento uma bandeja ou um simples pires ou prato. Faziam uma fila e os noivos e acompanhantes ao passar deitavam moedas ou rebuçados
Senhor Presidente da Câmara
Há muitos anos que o abastecimento de água a Viar Maior, sobretudo no Verão é problemático. Até aí sempre se foi tolerando o problema por as fontes de abastecimento serem deficitárias. O que já se não entende é que após a ligação à barragem do rio Côa o problema persista. E persiste, em primeiro lugar, por incompetência política dos autarcas. A inconpetência técnica a existir vem em segundo lugar. Então, como é que essas aldeias não hão-de estar desertificadas? Então como é que se pode lá ir passar férias? Então, como é que as famílias se vão reunir no dia da Festa do Senhor dos Aflitos? Sim porque foi exactamente no 1º sábado e domingo de Setembro que a água falhou. Eu que conheço pessoas que gostam de Vilar Maior, que vão a Vilar Maior, que até poderiam comprar casa para passar uns tempos, como as incentivarei a fazê-lo?
Por que razão hão-de gastar dinheiro a fazer requalificações se não são capazes de assegurar um bem tão básico como o é a água?
O que aqui expresso foi dito pessoalmente ao senhor Presidente da Junta.
Este indignado e educado protesto está publicado em
http://vilarmaior1.blogs.sapo.pt
- Pai, morreu o senhor Carlos.
Foi assim que recebi, pelo telefone, a notícia da morte de quem dois dias antes teve a habitual amabilidade de me oferecer um café. Se houvesse de se escolher uma figura dominante na segunda metade do século XX, tal escolha recairia na pessoa de Carlos Freire. Foi Presidente da Junta de Freguesia durante largos anos, antes do 25 de Abril. O poder que exercia (diga-se que sem arrogância e sem alarde), era um poder natural que muito se devia à maneira de ser. Nada o poderá definir melhor do que aquilo que se designa como mediador, aquele que faz ligações, constrói pontes, quer entre os habitantes da Vila como na relação destes com o exterior. Ele era também o conselheiro: desde obras particulares a obras públicas, desde constituição de comissões sagradas a comissões profanas, desde a compra de um electrodoméstico à compra de uma propriedade. Era uma autoridade que se construiu ao longo da vida pela forma como estava atento e prestável aos outros.
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