«Quanto mais se abaixa, mais o rabo lhe aparece»
Porque a língua é um dos elementos mais importantes de uma comunidade, aqui fica o repto para deixarem posts que mostrem alguma especificidade dos modos de falar em Vilar Maior. - expressões, ditos e dixotes ...
Ainda outro dia, um comentador me avivou a memória ao utilizar num dos seus posts o termo sofisma (teria eu tirado uma fotografia por sofisma ...)
Então, vamos a isto!
Um pouco por todo lado lá estão decrépitas, invadidas por silvas, ganhando ferrugem. Estranha arqueologia. Tiveram um papel importantíssimo. Depois vieram os motores que com o roncar estranho trazia uma nova era. O roncar do motor substituiu o barulho da água ao cair na caldeira e o ritmado bater do travão que indicava que a besta não parara o seu passo em cículos infindos. Depois dos motores as veigas passaram a lameiros e, mais tarde as levíssimas sementes da giesta foram frutificando a par das silvas. Os jardins que ladeavam o rio deram lugar a todo o tipo de plantas e árvores.
Quem subir ao lugar da Filipa tem perspectivas de Vilar Maior únicas se for no Inverno em que as folhas dos Carvalhos e outras árvores de folha caduca não nos cortam os horizontes. E no lugar que chamam da Bizarra é possivel ver um corte de Ténis à frente da casa que era do sr José Ribeiro agora restaurada pelos netos.
Um pouco mais acima está em construção um empreendimento turístico por parte da família do sr José Pedro.
Queremos que este blog, sem deixar de mostrar o que está mal, seja um sítio onde, sobretudo, se mostre o que está bem e que assegure que Vilar Maior não tem apenas passado mas tem futuro. Para isso é preciso, a par do avultado investimento público que está a ser feito, que os privados invistam também: na agricultura, na criação de gado, na restauração, no turismo, na recuperação de habitações. Enfim, que cada um contribua um pouco da maneira que lhe seja proveitosa.
De cima para baixo, lembro-me de viverem a Senhora Aninha da Cruz, a ti Isabel Seixas, e a família de José Dias. Ainda que fossem casas de dois pisos, tinham uma cota que permitia que a Igreja fosse vista da Praça.
Lembra-nos o Jarmeleiro:
«Quando não chove em Fevereiro nem bom centeio nem bom lameiro.»
Esta teria sido uma torre de defesa que antecedeu a construção da Igreja que obrigou a algumas adaptações ainda visíveis quer interior, quer exteriormente. Representava um ponto estratégico de defesa. Os mais velhos ainda se lembram de um canhão no adro apontado para nascente e que pode ser visto na entrada do museu da Guarda (Museu onde se encontra uma valiosíssima espada encontrada nas cercanias do Castelo).
A torre foi encimada em cimento em 1958. Errámos ao dizer que a Cruz do Arreçaio tinha sido a única obra do padre Narciso, já uqe também esta foi da sua iniciativa. Não sei quem foi o arquitecto mas o seu executor foi António Seixas.
Durante anos, muitos anos o ti Manel Junça tocou os sinos a preceito de acordo com os sagrados eventos.
De onde foi tirada a fotografia? Foi Tirada de manhã ou de tarde?
O carvalho é uma árvore de folha caduca e só assim é possível esta perspectiva de Vilar Maior.
A molide, que outros noutros sítios designam de rodilha, era. como mostra a imagem um objecto de pano que as mulheres colocavam na cabeça para transportar os cântaros de barro quando iam à fonte. Que as mulheres tinham menos força que os homens era assunto sem discussão. Mas quando se tratasse de levar carregos à cabeça a coisa mudava de figura: Cestos enormes transportando comida para os ceifeiros, ou cestos cheios de uvas, ou cestos cheios de roupa lavada, ou , ou não havia que não pudesse ser transportado. Com a molide a servir de amortecedor. Isso é que eram cabaças!
Descalça vai para a fonte
Lianor pela verdura;
Vai fermosa, e não segura.
Leva na cabeça o pote,
O testo nas mãos de prata,
Cinta de fina escarlata,
Sainho de chamelote;
Traz a vasquinha de cote,
Mais branca que a neve pura.
Vai fermosa e não segura.
Descobre a touca a garganta,
Cabelos de ouro entrançado
Fita de cor de encarnado,
Tão linda que o mundo espanta.
Chove nela graça tanta,
Que dá graça à fermosura.
Vai fermosa e não segura.
Luís de Camões
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