No dia 29 de Agosto, o povo da Bismula participou na Inauguração do lar Nossa Senhora do Rosário. Trata-se de um equipamento de apoio social de alta qualidade. Foi seu grande impulsionador José Augusto Vaz, provedor da Irmandade da Misericórdia da Bismula.
Dando sequência à iniciativa levada a cabo com sucesso no ano transacto, entendeu o grupo de amigos dos trilhos de Vilar Maior (eu os baptizo...), programar e efectivar nova jornada de trabalho e salutar convívio, agora em moldes um pouco diferentes, a ter lugar no dia 17 de Agosto em curso. Do programa constava a limpeza do troço do caminho compreendido entre a Fonte Velha e Arrifana, tarefa que seria efectuada por dois grupos: o da Vila, até ao ribeiro do Vale da Lapa: o de Arrifana, entre esta localidade e o referido ribeiro. Mais se previa que, findos os trabalhos, houvesse lugar a uma valente churrascada. E assim foi. Na data aprazada, manhã bem cedo, juntaram-se os trilheiros na praça e daí partiram munidos das ferramentas apropriadas (convencionais e modernas), não faltando, como meios de apoio, dois tractores e um burro com a respectiva carroça, este com a finalidade específica de transportar os géneros alimentícios e os apetrechos de cozinha (grelhas). Iniciada a faina e uma vez chegados ao pontão do Pinguelo , surgiu o primeiro obstáculo mais sério, devido à grande quantidade de mato a desbravar. Porém, o pior estava para vir mais à frente junto à tapada da Limpa e no caminho da Correia, onde a coisa fiava mais fino; Giestas enormes ( ah se os fornos ainda cozessem), um emaranhado de silveiras, bracejos, fieitos e pasto, reboleiros e carvalhos por todo o lado... Face a tal cenário, o desânimo e o cansaço começavam a dar os primeiros sinais, principalmente nos seniores. No entanto, assim que estes punham os olhos nos dois veteranos que ali seguiam implacáveis transbordando vigor e ânimo por todos os poros, lá conseguiam fazer das fraquezas forças para continuar. Ah...! Os dois veteranos são os do costume nestas lides; O ti Zé da Cruz e o ti Fernando Cerdeira que devem andar pelos oitenta e tal anos. Da têmpera destes já não se fabricam mais, mem mesmo de encomenda. Valeu-nos que o dia estava fresco e, se calhar, foi esta razão pela qual, uma vez chegados ao ponto de encontro com o grupo vindo de Arrifana, constatámos que somente dois mais corajosos se tinham afoitado. Ora, todos nós sabemos que os lagartos apreciam, sobremaneira, os dias mais quentes e as horas de maior calor, o que poderá explicar tão reduzido número de participantes. De todo o modo, valeu a intenção e, no fundo, a Arrifana até estava ali bem representada pelo sr. Manuel Monteiro e pelo João Rasteiro. Finalmente, cumprida que estava a parte mais penosa do programa, segui-se farto e variado churrasco, optimamente confeccionado (parabéns às cozinheiras) e melhor regado com tinto ou branco conforme as preferências, não tendo faltado os saborosos melões à sobremesa. O cheiro era tão intenso e apelativo que até a chuva se quis associar com uns suaves pingos, como que a abençoar o evento. E foi no caminho de regresso que todos se deram conta da verdadeira dimensão do trabalho realizado. Penso que qualquer tractor ali poderá circular sem dificuldades. Aos amantes dos passeios matinais sugiro-lhes que façam o percurso, mais lhes lembrando que motivos de interesse paisagístico e histórico para ver ou rever não faltam, nomeadamente: A Fonte Velha, as ruinas do moinho junto ao pontão do Pinguelo, o pombal, um lagar (ou um pio?) escavado na rocha na tapada da Limpa, as sepulturas tambem escavadas na rocha na Correia e, caso lhes restem algumas forças, podem subir a encosta sul do Vale da Lapa, ali para as bandas do Vale de Castanheiros e admirar o Barroco da Janelinha, bem como a vasta, bela, agreste e típica paisagem da região. Sendo prevísivel e natural que no fim do percuso sintam algum cansaço e desconforto, poderão recuperar forças à sombra de frondosos freixos no local onde decorreu o repasto, envolvidos num silêncio impressionante, só ocasionalmente entrecortado pelo fugaz esvoaçar de alguma ave e pelo agradável e peculiar murmúrio de um fio de água que se escapa entre os fisgos das rochas rumo às veigas das Retortas. Deus queira que no próximo Agosto se acrescente mais um trilho aos já existentes e que todos ( se possível até mais alguns), possamos estar presentes. Será bom sinal.
C M
Têm sido muitos os conterrâneos, nos poucos dias passados na aldeia, que me têm incentivado a continuar com este blog e me contam do gosto em espreitar o que por aqui se mostra e diz. Trata-se, de facto, de um meio extraordinário de comunicação: Esteja em que parte do mundo estiver, a qualquer instante podemos comunicar uns com os outros. Há vilarmaiorenses por todos os cantos do planeta. Convido-os a todos a participarem com notícias, opiniões, fotografias e fazerem deste blog o blog de todos nós. Há muito que dizem não saber como participar. É fácil: basta clicar em responder a comentário, escrever na caixa que se abriu e enviar- tudo à distância de um clic. Se quiser publicar fotografias terá que enviar para julmarjsm@hotmail.com
Para todos os que por aqui passam votos de felicidade e um abraço.
No passado Domingo, em reunião na sede da junta da freguesia, pelas 15 horas, estiveram presentes
um reduzido número (cerca de trinta pessoas?) para votação nas propostas divulgadas. Havia também alguns votos por carta (poucos). Não tendo números, as coisas resultaram, grosso modo, assim:
Proposta A – Mudança da festa para o mês de Agosto – 3 votos
Proposta B – Realizar a festa em dois momentos- A segunda proposta mais votada, ainda que com poucos votos
Proposta C – Duas festas religiosas integralmente iguais – Penso que não teve votos
Poposta D – Manter a festa no modelo e datas actuais – Colheu a larga maioria dos votos
Proposta E – Acabar com a festa – Não teve votos.
Basicamente os resultados foram estes ainda que não tenha o rigor dos números. Agradeço que quem nisto encontrar incorrecção faça a devida rectificação.
Ainda que todas as propostas tenham todas o mesmo valor, a forma como o texo estava redigido separava as três primeiras propostas – que visavam alterar a situação – das duas últimas que, em rigor não chegam a ser tentativa de resolução.
Ora, a proposta vencedora é «manter a festa no modelo e datas actuais». À parte o sentimento de que todos comungamos em relação à festa como a conhecemos e o desejo de que tudo se mantivesse como o vivemos no passado, não entendo como se resolvem problemas sem fazer alterações. Nem o Senhor dos Aflitos vai fazer esse milagre por que confia que a razão natural dos homens o possa solucionar. Não precisamos de citar C. Darwin para saber que as instituições tal como os seres vivos que não se adaptam sobre eles impende a inexorabilidade da morte. Não sei se em terras vizinhas existem estas discussões. Talvez as tenham ultrapassado. Nós continuamos, lamentavelmente, com uma fractura entre os emigrantes e os não emigrantes, como se o fundamental não fosse o sermos vilarmaiorenses.E essa divisão que nos enfraquece e nos torna cada vez mais pequenos.
A mim a festa que me interessa não é aquela onde aportem as gentes das terras vizinhas para dar a ideia de grandeza mas a festa onde eu possa estar com a minha família, com os meus amigos, com os meus conterrâneos: na missa, na procissão, no adeus ao Senhor dos Aflitos; no jantar da festa; no beber um copo aqui e ali. Esta é para mim a grandeza da festa. O ano que não seja assim a festa não é grande nem pequena: não é.
Eu sei que há razões sociológicas profundas (não é aqui o sítio delas) que tornam Vilar Maior diferente de outras terras que no passado o tornaram maior e que no presente o tornam menor.
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