Esta fotografia é anterior a 1924, talvez da segunda década do século XX. Não existe ainda cemitério, pois a pedra de que foi feito lá está ainda no corpo da Igreja de Nossa Senhora do Castelo. As casas brasonadas estão com o telhado em ruínas: Estamos no tempo da 1ª República e as coisas não corriam de feição para os que tinham vivido à sombra das sinecuras da corte.
Dlim dlão! Repicam os sinos, dlim dlão!
Os mordomos apressam o peditório,
A banda afina o refrão,
No céu estoira o foguetório,
E da capela sai a procissão.
Dlim dlão! Dlim dlão!
Sob o palio, solene vai o pregador,
A seguir, em fila ordenada a multidão,
À frente, cada santinho no seu andor.
Dlim dlão! Tocam os sinos, Dlim dlão!
E os foguetes, pum pum! Rebentam no ar!
O povo reza com devoção,
E a procissão avança devagar.
Leva
-Attention messieurs, le saint va tomber!
Grita um romeiro assustado,
Vendo o andor, com o peso, a ceder.
Atravessa a praça, sobe à Ti Marquinhas,
Pum pum! Lá vai a procissão.
Corta a seguir pelas Moreirinhas,
Chega à Igreja, ouve-se o sermão.
Dlim dlão!
Dlim dlão!
Por Fora
Por dentro
A quem souber sobre a história destas construções ou queira fazer um pouco de investigação.
Sabe identificar este lugar?
É fundamental tratar das habitações que o tempo é implacável. Colocar a matéia principal - a pedra - à vista é desejável. Porém, nem sempre é feito com mestria. No caso, é muito cimento. E a guarnição da janela ...
Começa hoje o Outono. Uma manhã suave, cheia de acalmia com o sol a romper a neblina das partes mais baixas. Pelo parque (nas cidades é o sítio onde podemos encontrar a natureza) os carvalhos estão invulgarmente cheios de bolota que se espalha pelo chão misturada com os oiriços dos castanheiros e das primeiras folhas que começam a atapetar o chão.
Ao passear pelo parque vêm-me à memória a faina das vindimas (Ah! aquele arroz de tomate com bolinhos de Bacalhau ao cimo da vinha dos Vales, feito pela avó!), o pisar das uvas, o cheiro a mosto da fila de dornas ao fundo da praça; o esvarejar das nogueiras e amendoeiras e o surripiar de um bolso de frutos para jogar o cambolo; as cestas de figos a secar em tabuleiros.
A natureza exausta entrega os seus frutos ao homem para se entregar a um sono que a Primavera despertará.
Nesta fotografia, no canto inferior direito, estão três crianças que, distraídas da solenidade do momento, vivem intensamente estes dias.
Perguntava um miúdo dos seus sete, oito anos a quem não passaram despercebidas as conversas sobre se a festa ia ou não acabar:
- Então, acha que a festa vai acabar?
- Porque perguntas isso?
- É que eu, quando for grande, quero ser mordomo!
Este é um dos lendários lugares de Vilar Maior. A visita com dois companheiros, no sábado da festa, à Presa de Vale de Castanheiros levou-nos de seguida ao Vale da Lapa onde se encontra a imagem da fotografia que dá pelo nome de Alto da Janelinha que tudo indica ser um lugar de excelente vigilância do que se passava no Castelo. A Janelinha com as rochas que a circundam constituem um património geológico que em qualquer parte do mundo civilizado mereceria especial protecção. Porém, o caminho até lá está feito e o camartelo está preparado para arrancar, partir e levar as rochas que a natureza teceu ao longo de milhões de anos. A troco do lucro de alguém perderemos para sempre a Janelinha.
Como poderemos impedir este atentado?
O adeus ao Senhor dos Aflitos é, para mim, o momento de maior emotividade da festa. Ele constitui o verdadeiro clímax.
Este ano o Largo estava muito vazio. Esperemos que tenha sido apenas este ano dadas as circunstâncias conhecidas. Para já está garantida toda a mordomia para o próximo ano. Gostaria de a revelar aqui mas não conheço todos os nomes.
. A Vila é um Presépio o te...
. Requiescat in pace, Júlio...
. Requiescat in pace, Quinh...
. Famílias da Vila - Osório...
. Rua Direita, quem te troc...
. Requiescat in Pace, José ...
. Centenário da capela do s...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine