Terá direito a prémio especial o comentarista que primeiro identificar correctamente o local onde se encontra esta peça escultural. Ajuda: Fica em lugar ermo do concelho do Sabugal.
Fica a inenarrável obra de arte na ex-vila de Alfaites, ex-praça militar. Aquilo que foi perdendo em arquitectura castrense e religiosa (tem no referido largo a Igreja da Misericórdia) foi ganhando em arriscada arquitectura (in)civil.
E quem tem direito ao prémio é «O Vila», apesar da sua incerteza. Como mostra um carinho especial pelos tempos que já lá vão, deverá aceitar, sem direito a renúncia, uma ida a pé desde a sua terra natal (presumo que seja de Vilar Maior) ao mercado de Alfaiates. Para maior comodidade poderá fazer-se acompanhar de um burro ou burra ou de outro solípede mais nobre com a condição de o não montar. Deverá usar os caminhos que para gentes e burros foram feitos. Se no prazo de um ano, a contar da presente data, o não fizer, perderá direito ao mesmo.
Acrescenta-se que para além dos referidos solípedes poderá fazer-se acompanhar por comentaristas, ao seu arbítrio. Se coincidir com a toirada do forcão leve o Jarmeleiro que disso tirará mui gran prazer e na confusão de cornadas e cornaduras é homem para ajudar a botar a gaiola abaixo. Se a coisa for por aí vai ver que o Manuel Maria também dará uma mão e aparecerão por acréscimo os profissionais do bota abaixo que estão sempre prontos a funcionar para o que foram feitos. O problema mesmo vai ser o Francisco Leal. Se o convidar estará mal e se não o fizer mal estará. Defensor como é da nouvelle arquitectura, não lhe será nada difícil arranjar um exército de labregos, digo, de novos labregos ( e atenção que o coração dos novos labregos é igual ao dos labregos) que munidos e municiados defenderão com unhas e dentes a nouvelle arquitectura labrega. E quem sabe se nesse dia, ou nos próximos que se seguirem, o Francisco Leal, general desta nova causa não reunirá o povo de Alfaiates (com apoio do povo da Bismula e do Faleiro) e de cima da arruinada torre menagem, qual Brás Garcia de Mascarenhas, e em discurso inflamado proporá que em todos os largos, ruas e praças, incluindo a torre de menagem, se aplique a nouvele arquitectura de modo a que não se possa enxergar qualquer pedaço de pedra que faça lembrar o passado. Não deixará de apelar para o exemplo e fazer imaginar a beleza daquele largo se à frente do velho estilo labrego se colocassem as novas casas da nova labreguice.
«O Vila», permita-me aconselhá-lo a não convidar o «João que Chora», por razões óbvias.
... e divirtam-se!
Para os que pensam que em Vilar Maior se cometem disparates, deviam viajar por terras circunvizinhas para saberem que estamos longe de ganhar o primeiro lugar. Pprimeiro lugar tem desta vez, com direito a prémio (que como sabem são óptimos) o comentarista que identificar onde fica esta obra de arte. Primeira ajuda: é uma freguesia do concelho do Sabugal.
Quando, onde, quem ... diga o que se lhe oferecer ... e mande fotos para publicação aqui
Mas como hoje é dia de São Martinho, adiante;
(...)
Há muitos anos que ouvia,
Ainda eu era menino,
Que o dia onze de Novembro
Era dia de São Martinho.
E já lá vão tantos anos!!!
Mas recordo com carinho,
Quando o meu pai me dizia,
Hoje vamos provar o vinho.
Nozes castanhas e vinho,
E pouco mais é preciso,
P'ra festejar este Santo,
Com a graça de um sorriso.
(...)
Quanto mais se abaixa mais o rabo lhe aparece.
Era (é) assim em terras e tempos onde a liberdade é uma miragem, onde os poderosos tudo controlavam. Perante eles, a obediência servil tornada atitude natural e espontânea, a obediência fingida e mais raramente a indiferença. Daí surgia uma variedade de personagens: os pajens (os eu andam a apajear), os prosmeiros, os mesureiros, os confeiteiros e outros que o leitor acrescentará.
Aos poucos, devagar, devagarinho ... assim vão as obras. De qualquer modo os arruamentos estão praticamente concluídos. Estão agora a arranjar o lago do Pelourinho. Por arranjar continuam os passeios, nomeadamente os da Avenida das Escolas.
Quanto a mobiliário, as fotografias mostram-nos a paragem e os bancos. Na Praça continuam os contentores da festa e o estacionamento indiscriminado.
Ano após ano o mato de tapadas e cabeços desce às veigas e nelas crescem e prosperam silvas e giestas. As videiras e árvores de fruto entrelaçam-se com as silvas numa luta pela vida em que o ruim vencerá o bom. Os marmelos, maçãs e uvas ninguém os quer, até as aves lhes ficam indiferentes.
Terra! Muita terra!
Muito frio!
Muito calor
E muita fraga!
Vilar Maior! Badamalos! Arrifana!
Folha do Escabralhado e Bismula!
Terras ermas por onde o meu espírito aquífero corre!
Lugar do Pereiro!
E lá ao fundo o rio...
O Cheiro à resina dos pinheiros...
À flor das giestas...
Às maias!
O Açude dos Gatas a cobrir as poldras!
O moinho! As veigas semeadas!
E ao passar ao bacelo do Carlos Freire
A curva das cerejeiras...
A torre de menagem...
A flecha da Igreja...
As alminhas...
O Pelourinho...
A Praça...
O paço dos Rebochos...
A Lenda da Senhora dos Cornos...
Vozes e passos indo e vindo no casarão deserto...
Almas penadas do outro mundo...
E o vento fazendo ranger as portas!
As noites frias!
A lareira acesa pela noite fora!
As bogalhadas! Os caretos de Entrudo!
O toco! As janeiras!
A ceifa as desfolhadas!
Os bailaricos no terreiro!
A concertina do Zé Laranja...
Eternamente desafinada
(como se alguém se importasse com isso!)
A tocar no cimo do povo!
A capela do Senhor dos Aflitos!
A capelinha de S.Sebastião...
Carreirinhos abertos na erva das hortas da ribeira
Levando aos poiais de pesca!
Leiras de pimentos e feijões ao alto!
Ai a frescura da adega!
Ai o presunto dependurado do tecto
(guitarra portuguesa comida às fatias
Com um copo de tinto a correr da pipa!)
Ai pimentos curtidos na talha!
Ai queijinho fresco de cabra todos os dias!
E as resguardas da ponte...
Ai as resguardas se falassem!
Sob aquela nogueira ao portão do Manel
Os beijos dos namorados!
Ai nogueira que velha estás!
Ai casais de namorados, o que é feito deles agora?
Ai Mocidade! Mocidade!
Quando o sonho comandava a vida!
Ai flauta de pau sabugueiro!
Ai minha gaita-de-beiços!
Como me lembrais agora!
E aquela grande amoreira
Que havia no curral grande dos Simões?
E a rusga aos ninhos?
E o rebusco às vinhas
À saída da escola?
E o Chico Bárbara passando à porta
A cavalo na vaca preta
E cumprimentando com um "olá menino Joãozinho"?
E...
Ai! Ai! Ai!
Mil vezes ai!
Que a minha mocidade
Há muito foi na enxurrada
Do Cesarão!
Agora...
É a Marta quem me diz:
-Pai, vamos apanhar sardaniscas!
E eu...
Mocidade... Mocidade...
Pela mão dela,
Vou
À caça de sardaniscas
Nos muros dos quintais...
Há livros que vale a pena ler. Mas um livro que vale a pena não se lê apenas uma vez. Este é o caso de Fernão Capelo Gaivota.
http://www.consciesp.com.br/pla_2arquivos/capelogaivota.pdf
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