Encontra-se patente ao público no Centro Comercial Vivavci na Guarda uma
exposição sobre Vilar Maior. Para além de uma mostra de fotografias doslo
principais monumentos e locais de interesse turístico desta antiga Vila
medieval, reúne um conjunto de peças ilustrativas das actividades
agrícolas tradicionalmente aqui desenvolvidas e de outros artefactos
ligados ao mundo rural. Uma iniciativa da Comissão de Festas do Divino Sr.
dos Aflitos 2009, com o apoio do Museu local e de alguns particulares que
cederam as peças. As festas realizam-se ininterruptamente no 1º domingo
de Setembro desde, pelo menos, o Sec. XVIII.
A Comissão de Festas
Digam que não é um belo retrato! Talvez do1º quartel do século XX. Uma ajudinha: Pais de duas personagens muito conhecidas na vila. Moradores numa das casas mais típicas. Se olharem bem para ele descobrirão um dos filhos; se olharem bem para ela descobrirão o outro filho.
Quem são? Quem são?
RESPOSTA: O comentador Ribacôa acertou em cheio e com um conhecimento completo. Refiro apenas que o sr José Palos era pessoa letrada - que se reflectiu na educação dos filhos- e foi durante muitos anos o tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia.
NOTA; Para visualizar o cartaz,para o tornar legível, clique com o botão direito do rato e guarde imagem. A seguir poderá ampliar.
Com 91 anos faleceu Conceição Simões tendo-se realizado hoje o funeral. Aos filhos e demais familiares apresentamos sentidas condolências.
Vá lá, por esta não estavam à espera. Linda, não é?
Quando? Talvez 1º quartel do séc.XX. As casas ainda serão da memória de alguns. Mas os rostos ... quem são os personagens?
Dão-se alvíssaras por cada personagem identificada.
O Presidente da Junta, António Cunha, enviou-me esta foto. Falou-me, omtem, desta interessante iniciativa: Um grupo de pintores que, escolhendo o tema, retrataram Vilar Maior. Ao que me disse, no próximo ano, os quadros estarão expostos no Museu do Sabugal e que posteriormente poderá comprara.
Estive, pela última vez, com o padre Chico faz um ano aquando da inauguração do lar da Bismula. Falou-me do seu estado de saúde e recordámos tempos antigos. Recordá-lo-ei sempre como um homem voluntarioso, optimista e íntegro. Vilar Maior e Aldeia da Ribeira foram as suas primeiras paróquias, logo a seguir à sua ordenação como sacerdote no ano de 1966.
Aos familiares apresento as mais sentidas condolências.
Faço republicação de um post deste blog de 2006.
Vaz, Francisco Santos (2003) Nordestinas e Sabatinas, Crónicas ficcionadas do quotidiano aldeão, Sabugal, Edição do autor
Padre Francisco:
Foi com satisfação e sem surpresa que recebi de minha mãe, «Nordestinas e Sabatinas», o livro que lhe mandou entregar-me. Sem surpresa porque várias vezes me interrogara por que ainda não havia reunido em livro crónicas dispersas que ao longo dos anos foi produzindo. Com satisfação e com emoção porque me apraz recordar alguém que positivamente fez viagem numa parte importante da minha vida e dela me ensinou sem querer ensinar. Iniciou a sua vida de pároco num tempo, num contexto e num espaço que partilhámos e com sonhos de uma vida boa que não queríamos só para nós. Em tempos difíceis em que as estradas eram de pó no Verão e de lama no Inverno e em que a escuridão das noites longas e escuras de Inverno eram cortadas pelo moderníssimo candeeiro a gás, que contrastava com as humildes candeias de petróleo ou os um pouco menos humildes candeeiros de igual combustível. O seu exíguo escritório era, então, para mim, nas férias que passava na aldeia um pequeno oásis: Para além, da conversa possível entre um adolescente progressivamente descrente na sua vocação sacerdotal e um padre estreante nas lides paroquiais, havia a música em discos de vinil a quarenta e cinco ou trinta e três rotações (lembra-se do Zeca Afonso, do Adriano Correia de Oliveira, do Carlos Paredes - quem nos iria aí incomodar por ouvir essa música?-, do Jacques Brell, do Juan Manuel Serrat entre outros). Havia uma máquina de escrever com a ajuda da qual actualizou todo o registo paroquial e na qual escreveu muitas das crónicas que agora reúne em livro. Havia também os livros. De todos recordo, «Os Canhões de Navarone» a «Trilogia Perfeita» de Francisco Costa e, de um modo particular, «D. Camilo e o seu pequeno mundo». Sem aquela velha televisão alimentada por uma bateria, eu, e quantos conterrâneos como eu, não teria assistido ao mais extraordinário acontecimento do século XX – a chegada do homem à Lua! Tinha havido o Vaticano II, e a Igreja vivia um momento de grande renovação da qual participava entendendo que não pode haver vida espiritual digna sem uma vida material decente. As suas homílias dominicais afirmavam-no das mais variadas formas, e nem sempre a verdade dita era politicamente correcta, como hoje soe dizer-se. Nem sempre a acção e o gesto tinham em conta o amadurecimento do tempo. Mas nós não somos de uma terra morna: quando é frio é frio e quando é calor é calor e com isso nos livramos da maldição evangélica dos que não são carne nem peixe. E ouvi ou li, que eu não era capaz de o inventar, que um homem para ser perfeito tem que ter pelo menos um defeito. Já lá vão para cima de 30/40 anos. Longos anos para as nossas curtas vidas. E no entanto, sentimos hoje que tudo isso teve sentido e que as reclamações, queixas, reivindicações das suas crónicas tiveram cumprimento. Tinham que ter cumprimento mas era preciso gritar que éramos gente e como tal queríamos ser tratados. Queria-lhe dizer também que soube semear, estimular, guiar, fazer crescer. Porque aos mais novos é necessário deixá-los experimentar, dar-lhe oportunidade: - Ó Júlio, faz um artigo para o «Arraiano», sobre a festa. E na verdade, foi a minha experiência na escrita publicada. A mim e a outros foi dizendo que era necessária uma associação. Deitámos mão à obra e a associação nasceu. Se como as árvores crescemos, enraizamos, damos flores e damos frutos, considero que a sua palavra, dita e escrita, é flor e é fruto. Como flor alegra-nos no perfume e na cor do tempo da «aldeia da triste sina», da vida difícil de então, mas de uma vida cheia, de uma vida boa, ainda que não de boa vida; como fruto tomamos-lhe hoje o merecido sabor de ter mudado um pouco a sina de todos os que, como eu, viajámos no mesmo combóio e na mesma carruagem. Júlio Marques
De regresso do mundo árabe de quem herdámos muito (engenhos de elevação e retenção de água - rodas, burras, açudes, culturas agrícolas...), nomeadamente, palavras que ainda hoje usamos com frequência como salamaleques que são cumprimentos ceremoniosos e com vénias.
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