VILAR MAIOR, minha terra, minha gente

Encontra-se à venda  a casa do ti Aurélio Simões e da ti Marquinhas (rua de Cima) e demais bens. Os interessados deverão contactar João Martins Tel 919302872,

joaovalenteadvogado@gmail.com

Albino Leonardo, filho de Albino Leonardo e de Maria Isabel Silva faleceu em S. Pedro do Sul onde fixou residência desde que regressou de África. Num tempo em que não era comum, os pais puseram-no a estudar no seminário cujos estudos não terminaria, Foi para Lourenço Marques onde exerceu a profissão de bancário. O que me fica na memória são as vindas periódicas do tio à Metrópole, como se dizia na altura. Ficava encantado com as histórias que contava ao meu pai sobre África - sobre as manadas de vacas, sobre a extensão de terras a perder de vista que ninguém cultivava (e o meu pai a dizer: - raio se eu me lá apanho!). E o meu sonho passou a ser ir para África e ter muitas vacas. Ninguém me levou a sério e mandaram-me para o seminário. E o tio lá vinha uma vez e outra sempre num volvo marreco, com ar bem disposto e piada sempre pronta. Dele guardarei sempre uma terna recordação.

Do outro lado da linha, uma voz diferente.

- Então, Já sabes?

- Já sei o quê, mãe?!

- Então, não sabes?

- Não sei o quê, mãe?

Da voz envolta em dor, a notícia soltou-se:

- A Antoninha morreu!

E o embaraço perante a morte é sempre o mesmo. Ficamos sem palavras. Recordo bem a última vez que conversei com a Antoninha. Dela guardamos uma terna memória da sua simpatia, atenção e generosidade.

Já devem ter reparado que as coisas do blog têm estado muito paradas. Falta de ócio. Coisas da profissão. Os professores vão-me gastando (espero que bem) o tempo.  Deste modo, espero que Carlos Marques, que me enviou a foto, não leve a mal revelar aqui parte do mail que a acompanha:

«Aproveito para mandar a foto anexa, para  hoje, dia 10 de Junho, ofereceres à Teresa. Poderás aproveitar o ensejo para lhe testares a memória, perguntando-lhe se se lembra do que andava a fazer nas bancadas do Estádio do Jamor no mesmo dia do já longínquo ano de 1972 (73?). Bem acompanhada como estava, por certo nada de mal poderia ser. É que eu tenho andado a dar uma arrumação no sótão da casa de Lisboa e de vez em quando aparece por lá uma revoada de fotos.» 

Um abraço e obrigado.