Quinta-feira, 26 de Abril de 2012

Quando eu for pequeno,

Para um católico pouco ortodoxo, a poesia pose bem ser a forma de rezar.

Quando eu for pequeno, mãe,
quero ouvir de novo a tua voz
na campânula de som dos meus dias
inquietos, apressados, fustigados pelo medo.
Subirás comigo as ruas íngremes
com a certeza dócil de que só o empedrado
e o cansaço da subida
me entregarão ao sossego do sono.

Quando eu for pequeno, mãe,
os teus olhos voltarão a ver
nem que seja o fio do destino
desenhado por uma estrela cadente
no cetim azul das tardes
sobre a baía dos veleiros imaginados.

Quando eu for pequeno, mãe,
nenhum de nós falará da morte,
a não ser para confirmarmos
que ela só vem quando a chamamos
e que os animais fazem um círculo
para sabermos de antemão que vai chegar.

Quando eu for pequeno, mãe,
trarei as papoilas e os búzios
para a tua mesa de tricotar encontros,
e então ficaremos debaixo de um alpendre
a ouvir uma banda a tocar
enquanto o pai ao longe nos acena,
lenço branco na mão com as iniciais bordadas,
anunciando que vai voltar porque eu sou
                                                       [pequeno
e a orfandade até nos olhos deixa marcas.

José Jorge Letria, in "O Livro Branco da Melancolia"
publicado por julmar às 10:47
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Terça-feira, 24 de Abril de 2012

Antigos Jornais do Concelho - Dr Leal Freire

Os blogues - a mais moderna e eficiente forma de comunicar e os antigos jornais do nosso concelho

O  homem, porque animal gregário, sente necessidade  de  comunicar.

Daí o aparecimento dos órgãos  de informação.

No território do concelho do Sabugal, que, como se sabe, integra  todas as freguesias  que pertenceram aos antigos municípios do Sabugal, Alfaiates, Sortelha e Vila do Touro, a maior parte do também extinto de Vilar Maior  e ainda  uma que foi do  Castelo Mendo, houve já inúmeros jornais, mantendo-se ainda hoje alguns.

O  primeiro foi  a Estrella do Côa, mais cometa do que estrela, porque de efémera  existência, ou então a ser estrela seria cadente.

Foi seu proprietário, director e editor  Luis José Capello Barreiros, datando  do ano de mil e novecentos.

A família Capello  terá sido motivada  com aquela fugaz iniciativa, pois em 1925, aparece o Sabugal, semanário regionalista, de propriedade, direcção  e edição de um outro capelo, José Capelo Martins.

Regionalista, assumia-se como republicano, ao estilo, naturalmente da primeira república que, todavia, já agonizava.

Teve colaboradores de vulto, como foi o caso do padre Alvares de Almeida, que se celebrizou  como escritor de nível mundial, sob o cognome de  Nuno de Montemor.

De Carlos Marques, que foi geógrafo de mérito e conceituado professor   daquela especialidade  no   liceu da Guarda.

De Joaquim Manuel Correia, imortalizado pelas Memórias do Concelho do Sabugal.

Neste nosso mundo de efemérides, surgiu logo um outro semanário—bairrista e nacionalista—ao estilo  tradicionalista.

Foi  a Gazeta do Sabugal, que se intitulava  orgão dos lavradores do concelho .

Fundou-a e dirigiu-a um  grande proprietário rural, possuidor duma extraordinária cultura literária e que foi mesmo um dos grandes doutrinadores do integralismo lusitano.

A nata do escol concelhio, triplamente  filtrada—porque regionalista, descentralizadora  e nacionalista, segundo o credo do integralismo—acorreu a colaborar.

Casos, entre outros, dos futuros presidentes de camara, o advogado Carlos Frazão e o médico  Francisco  Manso, do etnógrafo Lopes Dias, do pedagogo Reis Chorão, do político Martins Engracia.

Muito mais tarde aparecem as folhas paroquiais.

O porta voz, mensário criado na Bismula pelo padre Delmar Barreiros.

A Voz  do   Senhor, da paróquia do Soito.

A Mensagem da Saudade, de Alfaiates.

O Ecos  da Aldeia, de Aldeia da Ponte.

O Arraiano, de Vilar Maior, que em 1971  se transformou  em Nordeste, integrado numa rede de mensários paroquiais, que cobria  meio país.

Apareceram ainda outros, sediados em lisboa.

Como o Terra Fria, o Concelho do Sabugal, o Sabugal que se apresentava   como boletim informativo da   Casa do Concelho do Sabugal em Lisboa.

Havia ainda jornais que publicavam ou suplementos para o concelho – v g  O Amigo da Verdade  ou uma  página ao concelho dedicada  como a que o doutor Jose Diamantino dos Santos  manteve no Correio da Beira.

Hoje com os jornais concorrem os blogues

publicado por julmar às 21:48
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Apropósito da morte de António Rasteiro - Manuel Maria

«O Valor das coisas não está no
Tempo que elas duram, mas na
Intensidade com que acontecem.

Por isso existem momentos
Inesquecíveis, coisas
Inexplicáveis, e pessoas
Incomparáveis».

Fernando Pessoa
publicado por julmar às 09:21
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Domingo, 22 de Abril de 2012

Requiescat, António Rasteiro

 

Viúvo, desde a morte da ti Ana Prata  há muitos anos, sem filhos, o ti António Rasteiro, para além de todos os Rasteiros e Pratas tem uma enorme família que são todas as pessoas da Vila. O que o tornava, assim uma pessoa tão especial?

Era o vagar, que é uma palavra bem da nossa terra, o dar tempo ao tempo que é no tempo e com tempo que os laços se criam.

Por isso, parava no meio da rua e falava, falava ... E ouvia.

Se o presente não oferecia tema, ia à memória dos tempos outros e desfiava histórias da vida real, suas e do seu interlocutor.

Era a coragem para enfrentar a adversidade, traduzida num "raio" tirado das entranhas capaz de botar por terra toda a a tibieza. Por isso, de menino criado a mando de outros se tornou dono de si, indo à luta.

Era o optimismo contagioso que se sustentava no sucesso das lutas travadas.

Por isso, cumpriu a palavra do Evangelho, multiplicando os talentos que recebera.

Era a crença no poder transformador do trabalho criador de riqueza.

Por isso, foi pastor, lavrador, emigrante.

Era, ao contrário da inveja que corrói e amargura, a admiração pelo sucesso dos outros.

Por isso, tinha tantos amigos.

Era a aceitação da vida como ela é.

Por isso, uma sabedoria assente na experiência e na reflexão.

Era, talvez esse, carácter chão, essa profundeza telúrica, que transparecia no teu olhar e irmanava todas as coisas, todos os homens.

Por isso, talvez por isso, vestias a opa, pegavas na cruz e ias à frente na procissão ou na lanterna a abrir o caminho ... para a eternidade.

Para já vou sentir a tua ausência. Sentirei a falta não do copo do vinho, mas do convite, mão na chave da porta, infinitamente repetido:

- Ó Júlio, vai um copinho?

- Obrigado, ti António. Fica para logo.

 

A Rua de Cima

Terminava a rua de cima, no seu correr de casas do lado esquerdo com a casa do ti

António Rasteiro, casado com a tia Ana Prata. Só os dois, que filhos não tiveram cuidavam de uma junta de vacas e de uma grande piara de gado até seguir, como quase todos o caminho de França. Depois enviuvou. Para além das terras que tinha comprou a horta da ti Esperança (bela propriedade!) que continua a cultivar com os noventa anos a baterem à porta, a solidão a pesar ... e recordações contadas vezes sem conta como se fosse sempre a primeira vez: 'ah, Júlio se me agarro no tempo de sê pai! Aquilo é que era um homem!' Depois, irrompia pelo Manel que guardava o gado, pela lavra das terras, pelo agadanhar do feno, pelas malhas como se tudo isso fosse uma epopeia que urgisse salvar. Depois havia de recuar até ao tempo da tropa em Lisboa e das boas graças em que caíra  nos seus superiores que lhe permitia interceder a favor dos seus conterrâneos, tropas também do ramo da cavalaria.

In, blog Vilarmaior1

publicado por julmar às 22:28
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António Rasteiro, homem do povo

António Rasteiro, homem do povo,
Completamente analfabeto
Mas rico em memórias e afectos..
Sua vida resume-se assim: criado lá em casa desde menino,
Guardando ovelhas e sonhos pelos cabeços,
Emigrou depois a salto para França,
Consumindo-se em saudades da terra distante.
António Rasteiro
Voltou, passados muitos anos voltou,
As botas cobertas da fina poeira da estrada,
E desembarcando nos meus sonhos
Saiu-me ele um dia ao caminho,
De saco cheio de memórias
Ao ombro.
 
Abrigado à sombra da velha Acácia
Escutei então algumas histórias
Ao António Rasteiro,
Que vinha do passado,
Assim… Sem pedir licença,
Com memórias da vida dos meus avós,
Da infância de minha mãe
E da sua.
 
Deixei-o entrar nos meus sonhos.
Nesta terra onde não há guarda-fiscal,
Alfândega, ferrolho à porta.
O saco vinha a abarrotar,
De histórias, de pessoas,
De memórias
Que lhe vergavam
As costas.
 
E o António Rasteiro,
Não lhe podendo mais suportar o peso,
Despejou-o ali no meio da praça,
Assim:
Recordou primeiro como eram cristalinas as águas da fonte velha
E corriam ao desdém pelo caminho, até às Entre-Vinhas;
Falou por alto dos grupos alegres de raparigas que iam lavar à ribeira;
Referiu em pormenor algumas façanhas do Nino Badana no tempo do contrabando;
Contou as peadas de rebanhos que havia no povo,
E enganando-se duas vezes, desculpou-se, fazendo a estimativa por alto;
Falou com saudade do tempo em que foi pastor em casa dos meus avós;
Lembrou quando na meninice ascendia uma grande fogueira no cabeço da Atalaia
Para se aquecer das frias e solitárias noites de pastorícia;
E numa curiosa analepse,
Saltou para a linda sopeira, que lhe aquecia os pés quando foi praça na Cova da Moura.
 
Depois, enigmático,
Concluiu:
-Ah doutor, aquilo é que eram tempos, catano!
 
João Martins 
publicado por julmar às 18:29
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Quinta-feira, 19 de Abril de 2012

Sempre aprender com Dr Leal Freire

Nominum Ratio

O título nomes das coisas sugeriu-me uma pequena abordagem do tema, fazendo uma abreviada peregrinação pelas regras da evolução, tanto filológica como semântica das palavras

Já não há papel na Guarda

Nem tinta pelos conventos

Nem aves que criem penas

Para escrever sentimentos

Precedendo de milhões de milénios os aparos e canetas, mesmo os mais rudimentares  que eu e os meus coevos ainda usámos na escola, eram as penas de ave que exerciam aquela função, com elas rabiscavam os letrados as sentenças  que remetiam  para o pelourinho, a cadeia  ou, in extremis, a forca, aqueles que julgavam.

A pena ditava o castigo que tinha de se cumprir e como esse cumprimento implicava dor, tudo o que desgostasse passou a ser pena.

Com pena pego na pena

Com pena de te escrever

Com pena eu te escrevo

Com pena de te não ver

ou

Para marcar o desgosto da separação

O papel em que te escrevo

Sai-me da palma da mão

A tinta sai-me dos olhos

A pena do coração

 

Mas não eram só as aves que forneciam aos nossos antepassados instrumentos  para a escrita.

Os caules de pequenas dimensões, nomeadamente os do trigo e centeio, também se usaram e, com eles, os escribas ao serviço dos governantes escreviam as determinações destes.

Determinações que, por saírem dos calamos, se chamavam calamidades e que, por, normalmente, serem más para o povo, se confundiam com desgraça.

Mas uma calamidade, entendida a palavra na sua pureza original, é pura e simplesmente um decreto.

A palavra ladrão, hoje vituperada, significava antigamente um cargo da mais alta importância.

Laterão – do latim lateronem – era o governante sentado à direita do monarca e em quem este delegava para a resolução das grandes questões.

O laterão era, pois, o chefe do governo, o primeiro ministro, em linguagem actual.

Os abusos do poder foram minando o conceito

Inversamente, o ministro, antigo moço de recados, nobilitou-se

Como os homens, habent sua fata verba

publicado por julmar às 22:34
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Terça-feira, 10 de Abril de 2012

A ponte sobre o Cesarão: Românica ou Romana?

Um excelente estudo de José António Rebocho Esperança Pina com o título «A Ponte Romana sobre a Ribeira de Cesarão em Vilar Maior», publicado na Revista Praça Velha, número 28, de Novembro e 2010, defende a tese de que se trata de uma construção romana. A tese encontra-se sustentada quer no estudo das técnicas de construção dos romanos, quer no estudo da rede viária, nomeadamente da relativa a esta região. O estudo encontra-se ilustrado com fotografias e sua interpretação e com valiosa bibliografia relativa ao tema.

A tese tem o aval do Prof. Doutor Baquero Moreno que, sobre o estudo, afirma:

«Li com o maior gosto o excelente estudo que me enviou sobre a ponte romana de Vilar Maior. O texto está muito bem escrito e é claramente demonstrativo de que a ponte é romana e não românica (...)»

Sendo assim, para quando a substituição das placas indicativas que a dão como românica?

publicado por julmar às 19:18
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Sexta-feira, 6 de Abril de 2012

Descubra o que não lhe parece certo

No domínio público, caro!
publicado por julmar às 12:11
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Momentos Caninos

Diz o Tó do Zé Duarte, legal proprietário, que não há cães que sejam mais belos.
publicado por julmar às 12:06
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Ainda O Gabriel

O funeral foi ontem. Nestas terras ainda se morre nas já não se nasce. E para encomendar as almas a Deus e sepultar os mortos já precisamos de recorrer aos espanhóis. Na pequena (e bela) igreja do Escabralhado, cheia de familiares e amigos, com presidência de um padre espanhol, rezámos e acompanhámos o corpo do Gabriel até ao pequeno cemitério, onde uma cerejeira, à entrada, farta de flores acenava um último adeus.

Por mim, corriam as lembranças da meninice. Da conversa no leito do rio à Fraga, uma discussão infantil sobre o nome das coisas, porque é que as coisas se chamam assim e não de outra maneira. Vim a saber mais tarde, muito mais tarde, e a ter de estudar, que essa foi uma acesa questão nas universidades mais importantes da Idade Média e que Saussure (talvez escrevendo sobre o assunto no preciso momento em que nós infantilmente colocávamos o problema em cima de um barroco), revolucionou os estudos linguísticos com o chamado carácter arbitrário dos signos. O Gabriel era um pensador que não teve oportunidade de partilhar o carácter arbitrário não apenas dos signos mas da própria vida. Por vezes, a corrente do rio é muito forte porque são muito estreitas as suas margens.

publicado por julmar às 11:25
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