VILAR MAIOR, minha terra, minha gente

O ano passado era assim a tribo Silva Leonardo. Este ano está marcado para o Restaurante Pelicano em Alfaiates. Se ainda não confirmou, faça-o  até 5ª feira para 934561269.   

A 1 de Setembro próximo a descendência desta anciã que viveu vinte e três anos na Monarquia e 72 anos na República vai reunir em restaurante próximo da Vila para convívio intergeracional da tribo. A anciã na foto é Isabel Maria da Silva, casada com Albino Leonardo. O casal nada mais possuía que o saber do ofício de latoaria. Num tempo em que o plástico não existia e o concorrente era apenas o barro, a lata era raínha e abasteciam a vila e a região de todo o vasilhame necessário: Baldes de regar, latas,caldeiras e caldeiros, regadores, acinchos e francelas, enchedeiras, enxofradores, ogadores, candeias e lanternas, almotolias e jarras, copos de tamanhos standardizados segundo as medidas legais e outros objectos que queiram acrescentar. Das suas mãos saía todo um mundo. Não sabendo ler era uma pessoa culta e que apreciava a cultura. E o resultado está à vista: colocam os dois filhos a estudar e na geração seguinte todos estudam. O exemplar que tem ao colo - a Ana Sofia, uma das bisnetas mais velhas - é uma ilustre socióloga.

Estão de parabens, em primeiro lugar, todos os que ousaram colocar em banca os seus talentos, foram muitos, os suficientes para fazer um dia absolutamente diferente na Vila. Estão, seguidamente, de parabens todos os que, não tendo banca, enfeiraram ou passearam os olhos pelos variadíssimos talentos expostos e animaram a feira. Finalmente, está de parabens este blog - vilarmaior1 - que concebeu, organizou e divulgou este evento. Dissemos que esta feira iria ser um sucesso e para muitos ultrapassou as expetativas.

Em reunião com o sr Presidente da Câmara, quando nos disse que não havia dinheiro e perguntou do que precisávamos, dissemos-lhe que apenas teríamos gosto que nesse dia tivesse na Vila. E esteve, ainda que apenas quando a feira já tinha terminado. Não precisámos de subsídios.

Satisfeitos. Estamos em tempo de avaliação. Hoje é já o primeiro dia para preparaçãoda próxima.

 Já vimos do que somos capazes.

Os feirantes atarefam-se a ultimar os preparativos dos produtos a vender e da logística suposta. É o que acontece com a Banca da sardinha que irá ter um espaço onde poderá confortavelmente almoçar com os amigos ou com a família. Não faltará caldo verde e outros condimentos e se é mais dado para o lado da carne não faltará entermeada grelhada a preceito.

O apelo do feirante inicial, João Marques, para mais sócios não caiu em saco roto e acabou por se constituir uma equipa fantástica com o António Cerdeira (o Tó da ti Ester) e a Isabel Lavajo.

Sardinhas quentes e boas, vamos a elas!