Aos talentos gastronómicos já anunciados, vem juntar-se o especial talento da Bárbara na confecção de caracóis. Falo com conhecimento de causa.
(Ti Junça e ti Maria Prata)
Agradeço à Beatriz e ao António a cedência da fotografia dos avós, permitindo a todos recordar o simpático casal que na sua simplicidade marcou a vida da nossa aldeia no século passado. A ti Maria e a cesta onde levava o almoço ao ti Manel, cavador de profissão, e que, competentemente exerceu o cargo de sacristão cuja função essencial era tocar o sino, no tempo que o sino regulava a vida dos homens: De manhã as Ave-Marias, ao pôr do sol As Trindades e já depois da ceia As Almas. A isso se juntava o to que para missa diária, de manhã, e para o treço, ao anoitecer. Depois os vários toques (primeira, segunda...) para a missa dominical. Depois havia os toques nos dias de festas solenes a que se juntavam os toques de Batizado, casamento ... e o lúgubre toque de funeral. Lembro o ti Junça já velho, tendo delegado já as funções sineiras no filho Zé, sentado no maçadoiro do Comércio, a enrolar o cigarro e ouvindo o toque a sinal por alguém que morrera:
-É bom sinal ouvirmos tocar a sinal!
Levantou-se, meteu na taberna e emborcou de uma só vez um copo maior que parecia sempre pequeno.
Ó sino da minha aldeia
por Fernando Pessoa
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto
De tudo isto e muito mais se fará a Primeira Feira de Talentos de Vilar Maior. Primeira porque já se congregam vontades para a segunda.
E aqui temos reviver de um dos ofícios em que há cem anos se trabalhava arduamente.
«Agora sim, posso levantar a ponta do véu. Pois, porque a estas coisas de recuperar/restaurar peças antigas não é como dizia o outro: "cortar, atar e pôr ao fumeiro, já que requer tempo, jeito, gosto, paciência e alguns saberes. E esta peça
faz parte das várias coisas e loisas que vão estar patentes na minha/nossa banca de talentos na feira dos ditos na Vila. Trata-se de um engenho muito antigo e se falasse, teria muitas histórias para contar, mormente sobre artes e ofícios d'antanho. Possui cerca de vinte acessórios, que mais parecem rolos de filmes antigos, mas não se trata de algo que esteja relacionado com a sétima arte. A seu tempo se verá que coisa é esta. Por falar de antiguidades e sendo certo que sem passado não existiria presente, permito-me baptizar a minha/nossa banca de talentos com o nome: "A VOZ DAS ORIGENS" e nela não faltarão, entre outras coisas, umas pratadas de de caracóis à moda da Bárbara».
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