Depois da festa, outra festa vem. Estou em crer que todos queremos que as coisas melhorem a cada ano. Isso só é possível com o empenho de todos e, certamente, a nova mordomia estará recetiva a todas as ideias que ajudem nessa melhoria.
Depois de anos acaloradas discussões sobre a mudança da data da festa, acabou por se chegar a uma solução com a manutenção da data em que tradicionalmente é celebrada e uma festa a " Festa do Emigrante" no mês de Agosto. Neste momento é questão arrumada e ainda bem.
Parte Religiosa
A festa do Senhor dos Aflitos continua a ser uma festa muito participada em três momentos fundamentais:
1- No sábado - Procissão de Velas da Igreja Matriz de S. Pedro para o Largo da Capela do Sr dos Aflitos com a reza do terço.
2 - No Domingo - Celebração da Missa campal com pregação, Procissão e Adeus ao Sr dos Aflitos - climax e momento mais emocionante de toda a festa.
3 - Na segunda feira - Procissão com a imagem da Senhora de Fátima e outras para a Igreja Matriz, com celebração de Missa Cantada.
A banda de Música, por norma tem sido a de Loriga (são já tantos os laços que dever-se-ia avançar para uma geminação), é imprescindível a estes actos religiosos pelo condicionamento de um estado de espírito ao recolhimento, à meditação, à ligação ao transcendente, digamos, ao espírito religioso.
De salientar e de louvar o silêncio e o aprumo dos participantes. Nada que não possa melhorar. Nas procissões o sr padre poderia pedir para para que se respeitassem as filas e os mordomos poderiam ser mais activos na condução e desenrolar da procissão. Felizmente nas nossas procissões são muito mais as pessoas que nela participam do que os espetadores. Algumas pessoas colocam colchas nas janelas e varandas mas poderia haver um apelo a que todas as casas por onde passa o Sr dos Aflitos o fizessem.
A parte profana
Festa é festa, é animação, excitação, diversão, abundância, excesso. É reencontro de amigos, conversa banal revivendo cenas passadas, música e dança para os corpos que a pedem. É comida e bebida sem medida. Festa é festa.
Como não há festa sem música veio um conjunto na sexta, outro no sábado, outro no domingo e outro na segunda. Chegam em camiões maiores ou menores, com o cenário praticamente montado mas todos com enormes colunas que debitam decibeis a um nível que atenta contra a saúde dos circunstantes. Ouvi muitas pessoas queixarem-se do fato. Não sei se a intensidade serve para cobrir muita falta de qualidade. Eu que não sou apreciador de música pimba, bem Bem preferiria as letras do Quim Barreiro e outros da mesma escola. Antes músicas brejeiras que músicas chocarreiras. Para mim não serve o argumento de que é assim em todo lado.
Porque nós temos de fazer a diferença.
Se quer fazer a diferença, comece por si. Depois contagie a sua família, a seguir os seus amigos, os seus vizinhos, os seus conterrâneos. E se a nossa aldeia, a nossa vila começasse a fazer parte do nosso projeto de vida? Abra o seguinte link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Permacultura
Que acha?
O primeiro domingo deste ano da graça de dois mil e doze, dia em que, por força duma tradição quase milenar, se celebra, em Vilar Maior, o Divino Senhor dos Aflitos,bem como o tríduo precedente, passei-o eu, por obrigação parental, peregrinar pela Ribeira Lima, terras onde a mãe de Portugal, a Rainha Dona Teresa tinha a sua Vila, a da Ponte de Lima—diremos nós.
Como para a soberana, para mim há tambem só uma vila,Vilar Maior, que foi sede meu concelho antes de o Degola-Municípios, Passos José ou a seu mando qualquer secretário de estado, o ter extinguido e mandado integrar com a Bismula, minha pátria chica ou santa terrinha, no do Sabugal.
Por isso, e mau grado durante todos aqueles dias me ter passeado pelas amenas veigas do Lima, e apesar da beleza da paisagem e da monumentalidade da região que integra os mais belos solares do Mundo, do que é exemplo a Casa de Bretiandos, de familiares do meu saudoso amigo Conde da Aurora, nunca me saiu da memória a imagem do Castelo de Vilar Maior
Por todos esses dias as minhas papilas gustativas foram regaladas com o melhor da cozinha minhota… pratos tradicionais da antiguidade portuguesa, enriquecidos com aportes da India e dos Brasis, onde foram vice-reis e capitães-mores os antepassados destes que agora me recebem.
Rojões e sarrabulhos em restaurante famosos dos Arcos, Ponte da Barca ou Ponte de Lima, peixes daqueles que os fidalgos requisitavam aos pescadores de Viana - os senhores dos Arcos e Ponte da Barca dizem aos fidalgos de Ponte de Lima que digam ao povo de Viana que mande peixe para cima - confeccionados à beira-mar por sábias mãos de nautas e argonautas,- de tudo me foi dado provar.
Mesmo assim não me saíam do goto os sabores de Vilar Maior - os cozinhados da professora Delfina, os melões do senhor Jose Pedro, as sardinhas da feira dos talentos, do vinho do saudoso Primo Carlos, do alvarinho do Alvaro Simões, do espumoso que os irmãos Gatas costumam abrir em minha honra.
É que não há nada como a saudade para emoldurar e dourar.
I
Nosso Senhor dos Aflitos
De dois anjos ladeado
Atendei corações contritos
Defendei-nos do pecado.
CORO
Ao deixar-te, ó meu Jesus
Ouvi hoje rogos meus
Derramai as vossas bênçãos
Aceitai o meu adeus
II
Nas desditas desta vida
E nas horas de aflição
Teu coração por nós palpita
Sede nossa consolação
III
Rei de Amor, Rei de Beleza
Sois o Deus, sois o Senhor
Canta a Terra Portuguesa
Canta o povo de Vilar Maior
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