Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2012
Esta foi a prova final para entrar na ordem profissional dos padeiros. Este vai ser o pão nosso de fim de ano-
Quarta-feira, 26 de Dezembro de 2012
Esta é a primeira imagem que eu vejo quando, de manhã, saio de casa. Como hoje. Varia apenas o estado do tempo. Hoje céu azul sem igual, muito sol. Minhas testemunhas lá estão o Castelo, a Igreja de Nossa Senhora do Castelo e a Igreja de S. Pedro com a sua velha torre.
Terça-feira, 25 de Dezembro de 2012
Grande toco, muita lenha, muita giesta, revestido com palha que i ti Fernando Cerdeira guardava há mais de quarenta nos. Vento suficiente para fazer progredir a combustão. Vinho, produzido na vila, com fartura. Pouca gente. Missa de Natal às 9.15 cantada de princípio ao fim com umas cinquenta pessoas. Todos os anos falta alguém que esteve no ano anterior. Vamos resistindo.
O RIMANCE DA LOBA
O pastor já tinha sono
Tinha sono e não dormia
Por quelhas em abandono
Virem lobos pressentia
A Lua descia ao nono
O Setestrelo subia
A matilha junto ao dono
Deixá-lo dormir não queria
E entao o perro Mono
Esse latia,latia...
Entre giestas, na canhada,
Lobo cinzento aparecia
Com uma loba afilhada
P’la magreza bem se via
Atrás vinha a filharada
O bicho roga trazia
Qual assaltava a malhada
A lobeda discutia
Calhou á fera pelada
Que mais fera não havia
Os dentes facas de morte
As unhas de montaria
Vinham virados ao norte
Seu furor já se sentia
A loba, bafo de sorte
Alva borrega colhia
E sem que a presa lhe importe
Já com ela se sumia
A lobeda, igual reporte,
Uma a uma se servia
Abrir e fechar os olhos
Maior tempo não seria
O pastor, tristeza aos molhos
Sem borrregas já se via
Isto é que é vida de abrolhos
Minha mãe bem mo dizia
Terão os meua cães antolhos
E para os cães assobia
O cajado de refolhos
Por sobre todos erguia
Mesmo nos longes de Solhos
Sua voz bem se ouviria
Atrás, cães da loba
Eu só a Merina queria
Que já a tinha prá boda
Da minha filha Maria
Era a borrega mais fofa
Que por toda a Raia havia
Então a pele, alva toda,
Grande fortuna valia
Daria túnica goda
Prá neta que nasceria
Maldita. maldita loba
Os estragos que fazia
Os cães já bem longe vão
O pastor ameaçava
Amanhã em vez de pão
Ceareis de lenha brava
Se a loba caçardes, não,
Será trigo com coalhada.
À frente,vai o Leão
Por sobre as giestas saltava
Logo atrás o Farruscão
Pelos ferros se notava
Todos correm de roldão.
Nenhum se distanciava.
As borregas, uma a uma
O pastor recuperava
Faltava só negra bruma
Aquela que mais amava
Branca e gorda como espuma
A essa o lobo a levava
Já o Sol à Terra bruma
Já a manhã clareava
O Leão e o Cão dos Ferros
A corrida não cansava
Seus latidos, todos berros.
A loba já trespassavam
No cimeiro de três cerros
Ela pazes concitava
-Tomai a borrega, perros,
Tão boa e sã como estava
Não queremos só a merina
Da tua boca alobada
Queremos-te a ti, rez mofina
Na Igreja pendurada
Queremos pra samarra fina
A tua pele prateada
Pastor, a nossa menina
Há-de ter boda falada
Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2012
V
A tradição vai-se cumprir mais uma vez. Na imagem três entusiastas do toco em construção.
A todos os amigos, a todos os Vilarmaiorenses, a todos os que a este blog vierem por bem, os votos de um feliz natal com paz, alegria, saúde e amor.
Chove. É dia de Natal.
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho o frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Domingo, 23 de Dezembro de 2012
SCMVM
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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILAR MAIOR
IRMANDADE E INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE
SOLIDARIEDADE SOCIAL
NIF. 504 300 130
aV. DAS eSCOLA, 9
6320-601 VILAR MAIOR
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A Direção da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vilar Maior apela a todos os Irmãos e recomenda a todos os amigos desta instituição que podem contribuirem com 0.5% do valor que pagam de I R S para ajudar a nossa Irmandade.
Assim, a Direção agradece a todos que queiram contribuir e informa que na próxima Declaração do I R S, em local próprio, basta que incluam esta Instituição com o seu número de Contribuinte (504 300 130) para podermos usufruir do benefício fiscal previsto no artigo 32º. da Lei nº. 16/2001, de 22 de Junho.
Contacto:
Av. Das Escolas, 9
6320-601 Vilar Maior
Tel./ Fax. - 271 648 048
Email – santacasavilarmaior@sapo.pt
SCMVM
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SANTA CASA DA MISERICÓRDIADE VILAR MAIOR
IRMANDADE E INSTITUIÇÃO PARTICULAR DE
SOLIDARIEDADE SOCIAL
NIF. 504 300 130
aV. DAS eSCOLA, 9
6320-601 VILAR MAIOR
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Tivemos um elevado número de Irmãos espalhados por: Aldeia da Ribeira, Aldeia da Ponte, Batocas, Badamalos, Bismula, Escabralhado, Nave de Haver, Poço Velho e logicamente na Arrifana e em Vilar Maior. Hoje devido ás circustancias da desertificação humana que se tem verificado nestes últimos anos temos um reduzido número de Irmãos fora e temos cerca de 220 em Vilar Maior e 40 na Arrifana e a curto prazo corremos o risco de não termos sócios suficientes que possam dar continuidade á instituição.
Atualmente a instituição para além de ser uma Irmandade é também Instituição Particular de Solidaridade Social presta apoio ás Valências de Centro de Dia e de Apoio ao Domicílio em Vilar Maior e nas frsguesias limítrofes e tem prestado este serviço e continuará a prestar a sócios e não sócios.
No que respeita á Irmandade continuamos a celebrar no mês de Março o Aniversário onde são anunciados os Irmãos falecidos no último ano bem como o número de missas celebrado por cada um e recordar todos aqules que já partiram.
Assim a Direção da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Vilar Maior vem por este meio apelar a todos os naturais, amigos e descendentes de Vilar Maior para se inscreverem como sócios da Irmandade. Apela ainda a todos aqueles que por qualquer motivo não tenham pago as quotas e principalmente para aqueles que eram os pais que tinham essa missão a cargo e que deixaram de o fazer porque partiram para os próprios honrarem a vontade dos pais que os inscreveram e pagarem as suas próprias quotas porque de outro modo somos obrigados a anular a inscrição por faltas sucessívas de pagamento. Atualmente o valor da quota são 2 euros.
Por isso se não é sócio associesse já e contribua para que esta instituição não deixe de funcionar por falta de Irmãos.
Contactos:
Av. Das Escolas, 9
6320-601 Vilar Maior
Tel./ Fax. - 271 648 048
Email – santacasavilarmaior@sapo.pt
A Irmandade deseja a todos um Santo Natal e Bom Ano para 2013
Pela Direção
António Cunha
Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2012
Parabens ao chefe de família que hoje faz 88 anos
Domingo, 16 de Dezembro de 2012
Circula entre nós um velho prolóquio, segundo o qual TUDO SE QUER A SEU TEMPO E OS NABOS NO ADVENTO
O adágio válido como tudo o que se consigna na sabedoria popular, que tem a marca duma multimilenária aprendizagem, leva-nos logo a uma primeira indagação, qual seja a de definir o tempo do Advento
Esta palavra nasce do adjectivo verbal do verbo latino advenire, sendo pois advento o que está para vir.
E que para nós, cristãos, ressalta essencialmente a vinda ao Mundo de Nosso Senhor Jesus Cristo, ou seja, para o calendário litúrgico, as semanas que precedem o Natal.
Estas é que são, pois, o tempo do Advento, durante o qual os nabos adquirem as excelências do paladar e o máximo da sua força nutritiva.
Recorde-se que aquele produto, antes da divulgação da batata detinha enorme importãncia na alimentação humana, sendo reservado às suas cabeças, o papel que a partir do século dezanove se transferiu para a batata, até então práticamente desconhecida na Europa, onde se usava apenas como uma planta ornamental--aliás produtora de lindíssimas flores.
Não sei se os leitores já alguma vez se deliciaram apreciando um batatal em floração, nomeadamente das conhecidas por especiais da rosa branca.
Obviamente que, hoje, os critérios da selecção do tubérculo são outros, fixando-se nos níveis de produção e nas diferentes aptidões para a culinária.
Por consequência, as opções já se não movem ao ritmo da beleza,mas da utilidade.
Quanto aos nabos, nos meios rurais o seu uso quase se restringe à alimentação de gados - cozidos em suculentas viandas para porcos.
Crus os escaldados para vacas
Na culinária urbana, reveste-se já o seu uso de foros de especialidade, nas sopas, nos cozidos, no esparregado
E tanto aqui em Portugal, como por toda essa Europa em fora, particularmente na vizinha Espanha, florescem as confrariss dos nabos, com pratos de excelência.
Levados pelo mimetismo do exemplo, tambem nós os rústicos nos vamos deixando seduzir pelos sabores, repudiando o dito macarrónico AMEN, AMEN, DICO BOBIS, CALDO DE NABOS NUNCA O PROVES