O tronco encontra-se fendido em dois. os mais imaginativos conseguirão ver na parte mais seca uma nossa Senhora.
Têm surgido várias sugestões sobre o que fazer com o tronco: Queimá-lo na noite de natal; cortá-lo em pedaços que poderão ser requeridos pelas pessoas que o desejarem. Por mim, a parte seca colocá-la-ia numa estrutura e ficaria como memória desta multissecular acácia.
Talvez se possam conjugar várias propostas. Façam sugestões
À sombra da Acácia que já mal sabia a idade contaram histórias do passado quando havia ainda havia sonho, esperança e se conjugava o futuro de quase todos os verbos.
(post de Junho de 2012)
O Senhor Presidente da Junta prestou-nos esta informação que julgamos útil
Junta:.
- Presidente - António Bárbara Cunha - Secretário - Joaquim José Gomes Nobre - Tesoureiro - João Lopes Martins
Assembleia;
- Presidente - António César Marcos Gata - 1º Secretário - João Lavajo Cunha - 2º Secretário - Manuel Vaz Lavajo - Vogal - Nelson Filipe Fonseca Fernandes - Vogal - Manuel Pinheiro Dias
NOTA - O senhor Jerónimo Brigas Fernandes, eleito pela CDU, não compareceu à tomada de posse nem justificou a sua falta. O senhor Manuel Gomes Monteiro ainda não tomou posse por motivo de doença.
Alguns textos, como este, do Dr Manuel Leal Freire são um precioso contributo para a História de Vilar Maior no século passado
Para os moradores dos povoados em redor, a vila, a vila por excelência é Vilar Maior As outras vilas, o Sabugal incluído, só se identificam pelo nome todo. É a homenagem devida à antiga sede de concelho, que o foi por vários séculos. Mas é também reminiscência dos anos posteriores à extinção quando o pessoal das aldeias tinha de deslocar-se a Vilar Maior para adquirir bens essenciais, aquilo a que no linguajar comum se chama o que há de mister.
Nalguns daqueles lugarejos, nem uma taberna havia.
Se se acabassem os fósforos, por ali chamados palitos ou paulitos, ia-se, com uma tijola pedir uma brasa ao vizinho que já tivesse lume a arder.
O petróleo iluminante quase se desconhecia e mesmo a candeia a azeite pouco se acendia que aquele bendito óleo, que alumiava o Senhor, era pouco para a molhanga das batatas. E, a taberna, quando existia, limitava-se a fornecer vinho ao copo, aguardente aos calechos, pirolitos e umas laranjadas de fabrico artesanal.
Ora, ao tempo, existiam já na vila dois estabelecimentos a que se poderia chamar de tem-tudo.
Eram os Gatas e os Freires.
Os primeiros eram aborígenes, isto é naturais da Vila. Os Freires, cujo pai pertencia a uma linhagem de mercadores de nação, isto é de sangue judeu, que vindo de Alverca da Beira, viera, por casamento e veniaga, radicar-se na Bismula, abriram loja em várias localidades da zona Um deles, de nome Albino instalou-se e prosperou em Vilar Maior. O seu estabelecimento conseguiu efectivamente tomar uma posição concorrencial face à Casa Gata, não obstante a maior antiguidade desta e o peso da sua tradicional clientela.
Mas tanto no Senhor Aníbal, como no Senhor Albino os habitantes de Vilar Maior e aldeias circunvizinhas - ou até mesmo os espanhóis de Alamedilha podiam adquirir os artigos de mercearia, panos, quinquilharia, retrosaria, drogaria de uso mais corrente
Os dias de maior movimento eram os domingos e feriados religiosos em que convergiam para as duas lojas muitos moradores de Aldeia da Ribeira, Escabralhado, Arrifana, Badamalos, Carvalhal e Bismula
Esta ultima, porém, viria a autonomizar-se, autoabastecer-se, e até a tornar-se concorrencial, com a loja do Senhor António Mendes, vindo de Angola, com um bom fundo de maneio nos finais da Segunda Grande Guerra.
De referir que um filho do dito Senhor Mendes, de nome completo José Corceiro Mendes estagiou nos Gatas. Mas não seguiu a carreira comercial. Foi professor em Portugal e na Alemanha, tendo na última fase da vida - faleceu recentemente -estanciado na Casa do Professor.
Ó dramática aldeia de abandono,
antigas chaminés que aos poucos de vão apagando! casas vazias,
beirais que já não gotejam nestes chuvosos dias
de Outono...
E na praça o bebedouro que há anos não corre!
as portadas das janelas, com o tempo caindo...
O terreiro aqui e ali a erva invadindo,
ao pelourinho, a secular acácia que finalmente morreu,
depois de longa agonia.
Ó triste aldeia ao abandono,
lamúrio de almas transidas ao frio
de Outono...
Pardieiros, ruínas, húmido deserto
de famílias inteiras que foram por esse mundo fora,
espectros de mortos-vivos... sonho encoberto...
e saudade... tanta saudade, que ao passarmos na ponte,
o rio chora,
por nós que também vamos embora.
Vai para uns vinte anos que deixei de usar relógio. Não se pense com isso que não cumpri horários. Antes, pelo contrário, sempre fui pontual, num país que anda sempre atrasado, pois indicações horárias é o que não falta por todo o lado. Até mesmo na Vila, além do sol, o mostrador do relógio da torre e as badaladas do mesmo me ajudavam a orientar no tempo.
Ora acontece que desde o dia que cheguei o relógio teima em não sair do ângulo reto com o ponteiro das horas no 3 e o dos minutos no 12. Pode ter parado nas três da manhã ou nas três da tarde. De todo o modo, este fantástico relógio, mesmo parado, duas vezes por dia diz a verdade.
Grave é que não se encontra por aqui quem dê corda ao tempo. E sinto uma espécie de sufoco cada vez que olho aquele relógio parado, um pouco como se a vida tivesse parado ou como se deixasse de fazer sentido. E entristece-me que as pessoas achem normal que o relógio que no seu tic-tac acompanha cada batida do nosso coração esteja assim parado.
Que falte dinheiro para tudo, mas arranjem quem dê corda ao tempo.
Conheço a ti Amélia desde que me conheço. Vizinha ao cimo da Praça, ao fundo da Praça ou no Pelourinho, mais do que a saudação havia sempre um pouco de conversa. Aos poucos e pocos, quando olhamos em volta, deixamos de ver o universo formado pelos nosos vizinhos. Com a morte da ti Amélia desaparece a geração das mulheres da Praça, a geração dos nossos pais, e todos nos sentimos mais órfãos.
Para os familiares, em especial para os filhos, um abraço grande de sentido pesar.
. Feliz Páscoa - Mandar rez...
. Igreja da Senhora do Cast...
. Projeto "Tornar Vilar Mai...
. Quando a festa virou trag...
. Requiescat in pace, Elvir...
. Requiescat in pace, Maria...
. Tornar a Vila numa aldeia...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine