VILAR MAIOR, minha terra, minha gente

Muita coisa se está a perder na vila, desde saberes tradicionais (toda a tecnologia ligada ao linho, produção de queijo, cestaria ...), passando por espécies animais e vegetais. Uma delas é o cardo que servia para coalhar o leite.

Se alguém ainda tiver, trate dele.

Como fazer

1. Recolha a flor de cardo quando ela se tornar marrom. Colha antes que ela possa começar a produzir plumas. Se as plumas estiverem evidentes, isso significa que é muito tarde  - a flor está muito madura e portanto inutilizável. Certifique-se de recolhê-a seca o suficiente para durar por todo o ano.
2. Seque bem a flor antes de a armazenar num recipiente limpo e seco com tampa.
3. Ponha um pouco de cardo em um almofariz e comece a triturá-lo até que fique um pó fino. Certifique-se que está bem esmagada.
4. Repita o Passo 2 até que haja 5 colheres do pó. Coloque-o em uma tigela e despeje água quente por cima. Deixe de molho por cinco a dez minutos.
5. Espere até que o líquido se torne escuro, concentrado e de cor marrom.
6. Despeje o líquido em uma peneira para separar o planta do líquido. Isso é o coalho da flor de cardo.
7. Adicione a um galão de leite quente e espere começar a coalhar.

Para além de servir para fazer o coalho, tem ainda propriedades medicinais:

Problemas do fígado (insuficiência hepática, hepatite, cirrose, cirrose alcoólica), alcoolismo, cálculos biliares, dispepsia, dor de barriga. 

Contra indicação_ Mulheres grávidas

Para saber um pouco mais:

http://www.hortas.info/como-plantar-cardo

A Vila animou-se no fim do ano com mais gente do que é habitual. Menos gente no natal, mais gente na passagem de ano que este ano foi especialmente animada. Para isso contribuiu a fogueira do natal ataeada na passagem de ano que reuniu gente como já não havia memória, como poderão constatar nas fotografias que cirandam pelo facebook. A passagem de ano organizada pela Comissão de festas no Centro de Dia esteve, como uma passagem de ano deve ser: com muita comida, muita bebida, música, fogo de artifício. E muita gente.

Tudo isto é possível por que há gente dedicada que faz o toco, que aquece o forno, que coze o pão, que compra os alimentos que os cozinha, que faz arranjos florais organiza e embeleza o salão. 

A todos um enorme OBRIGADO.

As Mulheres

A fogueira

Os homens

Com mais graça ou com a graça que tinha reconhecida no folclore local:

Ó Vilar Maior, ó Vila

Duas coisas te dão graça

É o relógio na torre

E o Pelourinho na Praça

E foi a boa vontade da Fátima Tomé, bismulense a trabalhar na vila, que dando corda ao tempo, conseguiu que entrássemos no novo ano ao toque das badaladas do sino da torre.  Um grande obrigado à Fátima.