A pedido do Sr Presidente da Junta, aqui faço divulgação de sessão de cinema
Exm.º Sr. Presidente
Serve o presente para informar a freguesia que V. Exa. preside do seguinte:
O Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) lançou, em 2013, um conjunto de iniciativas, sob o título genérico de Cinema Português em Movimento, com os objetivos de divulgar e valorizar a produção fílmica nacional, estimular o acesso dos cidadãos à cultura cinematográfica portuguesa e promover a proximidade entre este Instituto e a sociedade civil. Neste ano de 2014, já na 2.ª edição do Cinema Português em Movimento, evoca os 40 anos do 25 de Abril.
O Sabugal foi escolhido pela Secretaria de Estado da Cultura para ser o local da Sessão Inaugural desta 2.ª edição, a realizar no dia 4 de julho, pelas 21h00, no castelo do Sabugal. No que respeita às duas restantes sessões, e uma vez que o projeto assenta na exibição ao ar livre nas Aldeias e Vilas do interior do País e já foram sido realizadas sessões em Sortelha e Sabugal na edição de 2013, entendeu a Câmara Municipal que, no corrente ano, as mesmas deveriam realizar-se em Alfaiates e Vilar Maior, respetivamente nos dias 28 e 31 de Agosto, ambos pelas21h30, utilizando os castelos como cenário à projeção fílmica.
No caso de Vilar Maior o filme escolhido é Dot.com (2007), de Luís Galvão Teles, Género: Comédia, Romance, Língua falada: Português, Espanhol, Duração: 99m, Class: M/12.
A sessão decorrerá no interior do castelo. A projeção é da responsabilidade do ICA com apoio logístico da Câmara Municipal do Sabugal.
Assim sendo, e para efeitos de publicitação, anexamos o cartaz do evento que decorrerá em Vilar Maior, bem como os restantes (sessão inaugural e sessão de Alfaiates) para os quais pedimos o favor de, também, fazerem promoção.
Fazemos votos de que esta iniciativa possa diversificar as atividades ligadas às festas religiosas em Vilar Maior e contribua para cumprir com os objetivos a que o ICA se propôs e nos quais nos revemos.
Com os melhores cumprimentos,
Cláudia Quelhas
Fotografia de Carlos Fragoso
Discordando do meu amigo Hortêncio que eu sei ser, mais do que um especialista no domínio da Botânica, um amante da Natureza, penso que o arranjo ornamental em torno do Castelo resultou muito bem. Talvez ele se tenha pronunciado demasiado cedo quando neste blog escreveu o post:«São papoilas, senhor». Em tudo, e sobretudo nas coisas da Natureza, é preciso dar tempo ao tempo. E com o tempo as papoilas e demais plantas cresceram e floriram e lá estão para deliciar os olhos de quem seja sensível. Pena que poucos olhos as vejam, mas cada ano que passa há menos gente cá, há menos gente que vem cá. É um problema sério mas ninguém o leva a sério. O Carlos conseguiu captar e transformar um conjunto de elementos numa obra de arte. Bom trabalho.
Sei, Hortêncio, que não ficas aborrecido, porque o que procuramos está sempre acima das nossas opiniões. E não deixas de ter razão no que disseste. E, felizmente, o que aqui se evidencia na fotografia é a conjugação da História e da Natureza, escondendo o elemento que destruiria esta harmonia a que alguns chamam de serpente.
Bom trabalho, Carlos. Parabéns!
Pelo terceiro ano consecutivo vamos realizar a Feira de Talentos de Vilar Maior que, em acordo com a Comissão de Festas do Senhor dos Aflitos, terá lugar no dia 15 de Agosto, uma sexta-feira, integrando-se na Festa do Emigrante.
Nesta feira você, sim você, é a pessoa mais importante, quer se limite a cirandar por lá, quer compre, quer venda, quer faça um número qualquer desde que esteja presente. Mas já que lá está, porque não dar o melhor de si? Você merece que os outros o apreciem. Então, vá lá descubra, invente, faça qualquer coisa.
De preferência, não trabalhe sózinho: peça ajuda, ofereça ajuda, fale com os familiares, convide os amigos, incentive-os a colaborar consigo. Faça a sua parte que é também opinar, dizer o que se pode fazer numa feira assim, dê sugestões.
Falem, digam coisas, digam que vão participar, façam publicidade do que vão vender ou fazer.Talvez nem sempre o segredo seja a alma do negócio, mas se o for, surpreenda-nos como nas feiras passadas nos surpreendeu o número do ti Fernando e da Céu (e do burro, não vá ficar ogado!), as antiguidades do Carlos Gata e do Fernando Cerdeira e de tantos outros.
A feira é de quem a fizer e o objetivo é conseguir torná-la um evento de relevo na região.
Este blog VILAR MAIOR PRIMEIRO (vilarmaior1) tem como objetivo trabalhar para o engrandecimento da Vila e manter os vilarmaiorenses ligados às suas raizes. A feira é uma forma de o conseguir.
Aqui faremos toda a promoção da feira. E já sabe, é um lugar aberto onde pode livremente opinar, publicitar, informar. Todos os posts aqui colocados serão publicitados no grupo de Vilar Maior, no facebook que é por onde a informação corre mais.
Então, mãos à obra!
Já dei conta neste blog de lugares e gentes da Vila. Agora será a vez dos Da Ponte, histórias de gente, da nossa gente. Por hoje apenas o início.
A Ponte – o lugar
A ribeira corria indiferente aos transtornos dos que tinham que se haver com o volume e turbulência das suas águas - a hidrografia assim se talhara nos tempos e assim dava cumprimento ao curso da rerum natura. Se as águas turvavam e montavam para as margens, não havia senão dar tempo ao tempo que é no tempo que se nasce e se morre, se constrói e destrói, se sobe e se desce, se ama e se odeia … e, isto sabendo, se espera que as águas se amansem e se aclarem. Assim era para os indígenas que por ali iam curando das suas vidas simples e nem lhes passava pela cabeça que pudesse ser de outro modo, já que o seu saber e a sua técnica aprendidos não iam além de colocar umas toscas pedras em fila, a emergirem na normal corrente da ribeira, para que de pé enxuto, de poldra em poldra, passassem à outra margem. Foi o que fizeram, no sítio das Eiras, onde a largueza e o manso curso do leito aconselhava tal travessia. Um pouco a jusante, com saber e técnica vulgares da engenharia do betão, ilustrados indígenas do século XX fizeram um pontão de cimento e, tementes que as poldras não soubessem nadar e submersas se afogassem, dali as expulsaram, guiados por um senso tacanho e servil de que tudo o que não é útil não presta, apagando assim as marcas por onde os nossos antepassados cuidavam dos teres e haveres (1).
Mandava a lei geral da conservação, em tempos recuados, que se abrigassem nos sítios altos em encostas viradas a sul, que aí construíssem os seus lares, que melhor aí defenderiam as suas vidas. Só muito mais tarde quando, aumentada a população, o direito se foi substituindo à força, a lei ao arbítrio, o arado e a vaca veio superar a enxada e o burro, a ovelha veio superar em número a cabra, só então, a vila saiu do cerco amuralhado que começava no Arco. O símbolo de toda esta lenta mudança ali está erguido em pedra - O Pelourinho! Uma nova idade começa assente na propriedade da terra e no lavrador com a junta de vacas, puxando o carro e o arado, a tornar-se o embrião da classe média, a espinha dorsal da futura sociedade que irá paulatinamente transformar a cultura, a economia e a paisagem.
Havia os campos que, na margem esquerda da ribeira, do cume do Buraco e da Filipa, se inclinavam suaves até ao leito da ribeira e, paulatinamente, se foi estabelecendo o povoado tendo como nova centralidade o Pelourinho na base da contígua colina onde se construiria a casa senhorial de Luís de Bastos (propriedade atual de António Silva Cerdeira) com a melhor e mais extensa propriedade agrícola - O Cerrado.
Aqui tornaremos mais tarde, que queremos falar dos da Ponte, que hoje dizemos serem os do Bairro de S. Sebastião. Sabemos quão importante seria saber da datação desta ponte ou, pelo menos, saber a época em que foi construída, havendo bons argumentos e provas para a considerar romana (2) e havendo outros que a consideram uma construção medieval. Quase certo é que terá sido construída, não para atender às necessidades dos indígenas, mas antes obedecendo a um plano estratégico de interesses mais vastos, nomeadamente de índole militar (3). Nem os indígenas teriam organização, saber e poder para levar a cabo uma obra desta dimensão.
Certo é que dos lugares possíveis em que poderia ser erigida foi este o eleito, no enfiamento da rua mais importante – a rua das Amoreirinhas – que conduzia à cidadela amuralhada e na confluência da rua da Ladeira, da rua Chorreão e da rua da Quelha (atual rua Dr. Diamantino dos Santos).
Antes da construção da ponte o rio era atravessado um pouco mais acima como mostra a existência do caminho de um lado e outro da ribeira,(foto 1) num sítio onde a largueza do leito diminui a profundidade das águas e onde se dá um quase natural emprezamento das mesmas onde antes da construção da ponte poderá ter existido obra que facilitasse a travessia.
(para continuar)
Em 1914 houve em VM 35 óbitos. Destes 23 não chegaram a completar dois anos. As restantes 12 faleceram com: 73,70, 65(2), 56, 37, 27, 18, 8, 5 (2), 4
Um quadro aterrador com uma mortalidade infantil de 65,7% e com uma longevidade baixíssima traduz bem as condições de vida que então se viviam. Nem se trata de um ano excepcional, pois isto verifica-se nos anos anteriores e nos anos seguintes
Nome |
Pai |
Mãe |
|
Alexandrina |
Fernandes, Francisco |
Fernandes, Isabel Vaz |
|
Alexandrina |
Fernandes, Francisco |
Lourenço, Maria |
|
António |
Cerdeira, Manuel |
Carmo, Maria |
|
António |
Valério, José |
Fonseca,Mª |
|
António |
Silva. José Martins |
Augusta, Isabel |
|
António |
Fernandes, Joaquim |
Lavajo, Aurora |
|
António Simões Ferreira |
Simões, José Joaquim |
Miquelina, Maria |
|
António Valério |
Valério, José |
Pinheira, Isabel |
|
Augusta |
Gata, João António |
Esperança, Maria Neves |
|
Belmira |
Gil, Augusto |
Soares, Isabel |
|
Francisco |
Pinheiro, José Marcos |
Monteira, Maria |
|
Francisco Fernandes Vaz |
Fernandes, António |
Xavier, Maria |
|
Hermínia |
Leonardo, Albino |
Silva, Isabel Maria |
|
Hermínia dos Anjos Gouveia |
Araújo, Alexandre Gonçalves |
Gouveia, Mariana |
|
Isabel |
Fonseca, Joaquim |
Pires, Maria Assunção |
|
Jaime |
Marques, Manuel |
Monteiro, Joaquina |
|
João |
Rasteiro, José |
Passareira, Maria Amélia |
|
Joaquim Augusto Fernandes |
Fernandes, oaquim |
Lourença, Maria |
|
José |
Valente, Manuel |
Cruz, Isabel |
|
José |
Fernandes, Manuel |
Ninfa, Isabel |
|
José |
Gomes, Manuel |
Antunes, Prudência |
|
José André |
Jorge, Manuel |
André, Maria |
|
José Bárbara |
xxxxxxxxxxxxx |
yyyyyyyyyy |
|
José Joaquim Simões |
Simões, Manuel António |
Apresentação, Maria |
|
Josefina |
Capelo, José |
Monteira, Balbina |
|
Josefina |
Valério, Joaquim |
Soares, Maria |
|
Júlio |
Palos, José |
Leopoldina, Maria |
|
Manuel |
Badana, Júlio Alves |
Monteiro, Maria da Luz |
|
Maria |
Proença, Júlio |
Badana, Maria Augusto |
|
Maria |
Rego, João António |
Monteiro, Maria Rosa |
|
Maria da Cruz |
Cruz, João |
Borregana, Ana |
|
Maria da Luz |
Gil, Augusto |
Soares, Isabel |
|
Maria Júlia |
Jacinto, Júlio |
Fonseca, Isabel |
|
Mariana |
Ferreira, António Simões |
Clotilde, Isabel |
|
Raúl |
Araújo, Alexandre Gonçalves |
Gouveia, Mariana |
|
Teresa |
Gil, José Júlio |
Ferreira, Isabel Maria |
Em 1914 temos o registo de 29 nascimentos na Vila, gente da idade dos meus pais, muita gente que ainda conheci. Desse ano vive, apenas, sendo ao que sei a pessoa mais idosa da Vila, Alexandrina - Chininha como é conhecida - filha de José Bárbara e Luísa Leitão.
Nome |
Pai |
Mãe |
Alexandrina |
Fernandes, Francisco |
Fernandes, Isabel Vaz |
Alexandrina |
Fernandes, Francisco |
Lourença, Maria |
Alexandrina |
Bárbara, José |
Leitão, Luísa |
Ana |
Duarte, José |
Dias, Joaquina |
António |
Margarido, Gabriel |
Clotilde, Ana |
Benjamim |
Leonardo, José |
Silva, Maria Isabel da |
Deolinda |
Duarte, Joaquim |
Delfina, Maria |
Elvira |
Valério, Júlio |
Luz, Maria da |
Filomena |
Prata, José |
Augusta, Felismina |
Francisco |
Marcos, José |
Monteira, Maria |
Francisco |
André, Manuel |
Lavajo, Ana |
Isabel |
Jarmela, José Martins |
Lourença. Maria |
João |
Quelha, António Tavares |
Fernandes, Isabel |
Joaquim |
Afonso, Bernardo |
Proença, Isabel Maria |
Joaquim |
Cruz, José da |
Valente, Antónia |
Joaquim |
Fernandes, Manuel |
Afonso, Eduarda |
José |
Fernandes, Manuel Joaquim |
Peres, Isabel Ninfa |
José |
Gomes, Manuel |
Antunes, Prudência |
José |
Silva, Joaquim António |
Martins, Maria de Jesus |
Josefina |
Marques, Manuel |
Monteira, Joaquina |
Júlio |
Palos, José |
Fernandes, Maria Leopoldina |
Manuel |
Fernandes, José Leopoldino |
Conceição, Maria da |
Manuel |
Fonseca, João |
Ribeira, Luísa |
Manuel |
Alves, Júlio |
Monteira, Maria da Luz |
Maria |
Proença, José Bernardo |
Anjos, Ana dos |
Maria |
Silva, José Martins da |
Augusta, Isabel |
Maria |
Fernandes, João |
Lourença, Teresa |
Maria |
Cruz, Joaquim da |
Bárbara,Josefina |
. Requiescat in pace, Olímp...
. Requiescat in pace, Franc...
. Requiescat in pace, padre...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine