VILAR MAIOR, minha terra, minha gente

Juventude de Vilar Maior

No mês de Agosto é assim: meninos e meninas, rapazes e raparigas, falando várias línguas, vindos de paíse diferentes, de muitos lugares. Alguns , muito poucos vivem aqui o ano todo. Encontram-se na Vila para passar férias. Um sinal muito positivo de que possa haver amanhã. 

Fotografia de João Marques

No Domingo, 21 de Agosto, acompanhado pelo sr. Bipo da diocese, tomou posse como pároco de Vilar Maior, Daniel José Tomé da Silva Cordeiro que  foi ordenado sacerdote no dia 29 de Junho, na Sé catedral da Guarda. Frequentou os Seminários diocesanos, com uma experiência de dois anos no Seminário de Vila Viçosa, o Instituto Superior de Teologia de Viseu e a Faculdade de Teologia em Braga. Nasceu na Guarda, a 18 de Fevereiro de 1989. Porque é um padre jovem, porque todos os ofícios e missões, para além da preparação teórica, se aprendem pelo seu exercício (e o de pároco não foge  à regra), terá aqui o padre Daniel um território propício ao seu desenvolvimento pastoral. 

Ao padre Daniel, apresentamos os nossos cumprimentos e votos de um trabalho profícuo.

Foto de Florinda Monteiro

A alguém que me interrogava porque é que o Senhor dos Aflitos permitia uma chuvada destas durante a sua procissão, apenas me ocorreu o salmo 139, versículo 17, que diz « Ó Deus, como são insondáveis para mim vossos desígnios! E quão imenso é o número deles!»

Setembro é o mês dos gatchos, na pronúncia do tempo dos tempos idos; era o mês, em que, por postura do regedor, os cães não podiam andar à solta por mor de não dizimarem as vinhas; era o mês em que os pobres, à socapa, tiravam gatchos para matar a fome e experimentar a doçura do moscatel. Setembro é a memória do cheiro do mosto dos lagares dos ricos e das dornas dos lavradores enfileiradas no cais da Praça e do Pelourinho.

Setembro é o mês da festa do Senhor dos Aflitos que, por sua graça, e por trabalho suor e lágrimas dos homens as arcas do pão se encheram, as tulhas das batatas cresceram e os tonéis aguardam o mosto que, fermentado, há-de, mais do que matar a sede, alegrar o coração dos homens.

 Este é o milagre todos os anos repetidos.