Foto publicada no Facebook por António Rasteiro
(da esquerda para a direita o Manuel, o Tó e a Isabel, filhos do Zé Duarte e Ana Maria)
Champigny abrigou na década de 60 a maior parte dos conterrâneos que, a salto, emigraram para França. O primeiro, penso eu, a establecer residência em Champigny foi o Zá Duarte. Foram muitos os que lhe bateram à porta para comer, para arranjar o rapissé (como raio se escreve isto?), para ir à Mairie, ao Consulado ou para arranjar trabalho
Quem andar a cuscar por documentos antigos, acaba por encontrar destas coisas
A João Gonçalves, morador em Malhada Sorda, termo de Vilar Maior, Perdão por ter induzido por afagos Maria, filha de Afonso de Afonso Anes e de Lianor, pelo que se amorou,
Chancelaria de D. Manuel I, liv. 32, fl. 20
E cacareja a galinha;
Os ternos pombos arrulham ;
Geme a rola inocentinha.
Muge a vaca, berra o touro;
Grasna a rã, ruge o leão;
O gato mia; uiva o lobo,
Também uiva e ladra o cão.
Relincha o nobre cavalo;
Os elefantes dão urros ;
A tímida ovelha bale ;
Zurrar é próprio dos burros.
Regouga a sagaz raposa
(Bichinho muito matreiro);
Nos ramos cantam as aves;
Mas pia o mocho agoureiro.
Sabem as aves ligeiras
O seu canto variar;
Fazem gorjeio às vezes,
Às vezes põem-se a chilrar .
O pardal, daninho aos campos,
Não aprendeu a cantar;
Como os ratos e as doninhas
Apenas sabe chiar.
O negro corvo crucita ;
Zune o mosquito enfadonho;
A serpente no deserto
Solta assobio medonho.
Chia a lebre; grasna o pato;
Ouvem-se os porcos a grunhir ;
Libando o suco das ores,
Costuma a abelha zunir.
Bramem os tigres, as onças;
Pia , pia o pintainho;
Crucita e canta o galo;
Late e gane o cachorrinho.
A vitelinha dá berros ;
O cordeirinho, balidos ;
O macaquinho dá guinchos ;
A criancinha vagidos.
A fala foi dada ao Homem,
Rei de outros animais,
Nos versos lidos acima
Se encontram em pobre rima,
As vozes dos principais.
Pedro Dinis, Tesouro Poético da Infância, org. Antero de Quental, Publicações D. Quixote, 2003
O Nélson, natural de Badamalos, tem 29 anos e desde os 18 que batalha contra com uma doença neuro muscular. Licenciado em Sociologia, foi obrigado a interromper o mestrado em Ciência Política que frequentava na Covilhã por falta de uma carrinha adaptada ao uso da cadeira de rodas elétrica. Uma carrinha adaptada é essencial para o Nélson poder fazer a sua vida pessoal com autonomia, nomeadamente prosseguir os estudos e ter uma vida profissional. A angariação de fundos, autorizada pelo Ministério da Administração Interna termina no final deste mês. Ainda estamos a tempo de ajudar podendo fazê-lo com depósito na conta 003507020002900180083.
(Foto cedia por Carlos Gata)
Não olhe apenas para o Castelo, veja ao longe os campos (dos Vales, do Rebolal...) e repare quão diferente era a paisagem do que é hoje. A ausência de mato e de árvores, salvo na delimitação das propriedades; a exploração intensiva da terra para a agricultura e a densidade de animais - cabras, vacas e ovelhas - esgotavam todos os recursos naturais. Hoje tudo o que nasce, cresce. Desordenadamente.
(Feira Medieval de 2003, ao lado da irmã Maria da Graça)
Faleceu Sara Silva Leonardo, tendo-se realizado o funeral em Vilar Maior no dia 18 (domingo). Sara, nascida em 1920, era filha de Albino Silva Leonardo e de Isabel Maria da Silva. Era irmã da Ascenção, da Graça, do Albino (já falecidos), da Lúcia e do Júlio. Deixa viúvo António Silva e era mãe de Gracinda Alves. Em especial, ao marido, filha e netos as nossas condolências.
Fica mais pobre a vila sem a presença deste casal que todos os dias, manhã cedo, convocava as forças que a idade ia roubando, para darem um passeio pelo Castelo, pelo Buraco, pela Ribeira ou à Horta do Mindagostinho. Fica mais pobre a família Silva Leonardo sem a «nossa» Sara.
Procissão da Festa do Senhor dos Aflitos 2009
Há 38 anos na Senhora da Graça (Sabugal) num belo dia de sol desejaram-nos felicidade a mim e à Terezinha. Lutámos por ela e conseguimos. Os mais velhos partiram (os meus pais, a avó Isabel o tio César a tia Marquinhas, os meus padrinhos João Seixas e Ascenção, a tia Isabel Seixas , a ti Patrocínia) outros que não eram assim tão velhos e partiram também ( Manel da ti Júlia, o Manel Cerdeira, Carlos Freire, Antónia Valente, Rodolfo Valente) todos os outros têm mais trinta e oito anos. O mais novo será o meu sobrinho Pedro. Mais uma vez - obrigado por terem partilhado este momento connosco.
E um obrigado aos amigos de Vale de Cambra, que, agradavelmente, nos surpreenderam com a presença. Quando fizer 40 anos de casado havemos de reunir para recordar os bons velhos tempos.
O "Anuário Comercial de Portugal" faz a seguinte descrição de Vilar Maior ( Publicado no Capeia Arraiana), relativa ao ano de 1942.
Esta freguesia situa-se a 19 quilómetros da sede do concelho e a 15 da estação de caminho-de-ferro da Cerdeira. Tinha uma população de 694 habitantes.
Serviços institucionais, actividades económicas e profissionais:
Presidente da Junta de Freguesia: Joaquim A. Simões.
Juiz de Paz: António Esteves Pinheiro.
Pároco: Manuel Lourenço Rodrigues.
Regedor: Henrique Silva da Cunha.
Encarregado do Correio: Albino Monteiro Freire.
Professores (2): Adélia Gata Gonçalves e António Esteves Pinheiro.
Lavrador: Alexandre Gonçalves de Araújo Júnior.
Registo Civil: António Esteves Pinheiro.
Vendedores de fazendas (2): Albino Monteiro Freire e António Gata.
António Gata já havia falecido em 1938, mas, naturalmente, o estabelecimento continuava no seu nome
Foto cedida por Carlos Gata
A cena há-se passar-se pelos anos trinta do século passado e desconheço quem sejam os personagens. Provavelmente, o senhor António Gata (falecido em 1938), dono do comércio, ainda seria vivo. Talvez que o cavalo lhe pertença, talvez que os clérigos (ou seminaristas?) sejam, os seus filhos, e poderá ser que as crianças ainda estejam entre os vivos. Poderá ser uma partida ou uma chegada. E, porque, um retrato era um acontecimento especial, apenas as alimárias lhe ficaram indiferentes. O sítio, O Cimento está como o conhecemos. Quanto à hora em que a cena tem lugar seria por volta do meio dia. Tempo quente.
. Requiescat in Pace, José ...
. Centenário da capela do s...
. Requiescat in pace, Manue...
. Paisagem humana - A Vila ...
. Jeirinhas e os bois teimo...
. Diário de um bebedor de a...
. Arqueologia - Em busca de...
. Requiescat in pace, João ...
. badameco
. badameco
. o encanto da filosofia
. Blogs da raia
. Tinkaboutdoit
. Navalha
. Navalha
. Badamalos - http://badamalos.blogs.sapo.pt/
. participe, leia, divulgue, opine