Muita da história da Vila, à falta de outros documentos tem de ser procurada na pedra. Por vezes, pressentimos que determinados lugares hão-de conter historias para contar. Por vezes, esses pressentimentos confirmam-se como aconteceu na descoberta deste lagar (é o que me parece ser) escavado na rocha, em ligeiro declive para um pio. Foi preciso limpar a rocha coberta de terra e de pedra miúda para ver o que ali se encontrava. A propriedade onde se encontra está ligado à primeira casa senhorial num período em que a importância da vila passara da cidadela amuralhada com o seu castelo (Cimo da Vila) para a parte baixa da vila em torno do Pelourinho.
Ora aqui está uma história que precisa de ser escrita.
Março de 2005
Esta era uma imagem muito comum na aldeia antes da chegada da eletricidade e dos fogões a gaz. Quem não tinha vacas ou um burro ou dinheiro para comprar lenha tinha que todos os dias ' ir ao feixe'. Este homem desfasou-se do tempo e muitos anos depois continuou a fazê-lo quando já ninguém o fazia. Uma história para contar. Para os que tiverem curiosidade de saber de quem se trata, atentem no guarda-chuva.
Em post de 19 de Janeiro p.p. dei conta da existência de uma roda dos expostos ou enjeitados em Vilar Maior. Em 19 de outibro de 2015, coloquei o post que se segue o qual nos refere a lcalização da dita roda: "Traz da Misericórdia"
Assento de Batizado de uma Exposta
«Aos vinte dias do mês de Dezembro de mil oitocentos e cinquenta e nove, o Revº Joaquim Sacadura, capelão desta freguesia baptizou particularmente a uma Exposta a que pus o nome de Maria da Natividade aparecida à porta de Domingos Fernandes desta freguesia que mora de traz da Misericórdia sendo exposta na noite de dezanove para o dia vinte, não trazia … algum por onde constasse ter sido baptizada, no dia vinte eum do dito mez lhe pus os Santos óleos, trazendo de enxoval duas envoltas, uma touca, …, cinco cueiros, quatro camisas, duas toucas, …, uma liga e para constar por este assento erat ut supra»
Reverendo Joze Ignacio de Faria
Eu sabia que existia este livro no museu, tinha tirado nota da sua existência e, felizmente, tirei-lhe o retrato. Uma vez liberto, pela aposentação, dos deveres profissionais, tinha tempo para algumas investigações, resolvi que era tempo de procurar o “Liber Status Animarum”, onde deveria estar. Mas não estava e não está. Contatei os responsáveis mas ninguém sabia da sua existência. Sinto alguma frustração, pois, penso que poderíamos ter algumas informações interessantes e importantes de caráter genealógico, histórico, sociológico para o conhecimento da nossa terra. Parece-me haver pouca investigação sobre este tipo de documento, pois, na Net, apenas encontrei este pequeno artigo na Wikipédia:
Liber Status Animarum (Livro do Estado das Almas) é a expressão latina para designar os registos que a seguir ao Concílio de Trento (1545-1563) serviam aos padres de cada paróquia para neles registarem dados biográficos e religiosos dos paroquianos. Eram uma espécie de recenseamento da população feita pelo clero.
Os Liber Status Animarum foram prescritos no Ritual Romano publicado em 1614 pelo papa Paulo V. No princípio continham apenas informações religiosas concernentes à vida religiosa (bênçãos, exorcismos, sacramentos). No século XVIII outras informações foram registadas: composição detalhada da família, propriedades, profissão, idades, chegadas e partidas da paróquia. (Dados retirados de Wikipédia)
Encontrei ainda um estudo sobre o referido documento na diocese de Nice, em França:
Le livre d'etat des ames (liber status animarum) une nouvelle contribution a la connaissance des populations des anciens comte et diocese de Nice
https://www.departement06.fr/documents/Import/decouvrir-les-am/rr90-1985-03.pdf
"...les livres des âmes constituent pour les généalogistes, sociologues, Historiens des documents incomparables. R faut tout mettre en jeu pour Éviter leur perte", L. Michard et G. Couton
E porque ele existe, esperemos que esteja em boas mãos e que regresse. Apenas será útil se pudermos usufruir do seu conteúdo.
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