(Uma nuvem imperfeita, dado que o tamanho dos nomes nem sempre está de acordo com a sua frequência. Um apelo aos peritos para que a partir do quadro façam a construção correta)
O quadro que se segue dá-nos uma ideia aproximada ´do nome das famílias no início da segunda metade do século XIX em Vilar Maior. Baseia-se no livro de registo de baptismo do período de 1845 a 1860 onde constam 373 assentos. No quadro seguinte tivemos em conta 302 registos (os restantes alguns eram ilegíveis, outros filhos de pais incógnitos, outros de expostos e outros apenas com o nome próprio) e registámos o último nome do pai. O nome com maior frequência FERNANDES continuou a ser dominante no século XX em que alguns nomes se extinguiram e outros novos apareceram. De todo o modo, o fundo das gentes da vila anda por aqui.
Frequência |
Nomes |
1 |
Bárbara, Cazeiro, Chamusca, Cruz, Cunha, Pina, Regueiro |
2 |
Barreira, Capello, Esperança, Franco, Lavajo, Leitão, Lopes, Narciso, Nunes, Osório, Pallos, Pires, |
3 |
Caetano, Chrisóstomo, Florindo, Gouveia, Poio, Proença, Soares, Thomaz |
4 |
Dias, Garcia, Neves, Pinheiro, Silva, Simões, |
5 |
Costa, Ildefonso, Valente |
6 |
Alves, Cerdeira, Gomes, |
7 |
Brigas, Monteiro |
8 |
Cardoso, Fonseca, Jacinto |
10 |
Badana |
11 |
Santos |
12 |
Ferreira, Martins |
14 |
Gonçalves |
17 |
Bernardo |
18 |
Affonso |
27 |
Fernandes |
Quanto mais nos afastamos da aldeia, mais necessidade temos dela. Cada vez mais num mundo globalizado, cheio de não lugares, lhe sentimos a falta.
" Só há aldeias. Porque mesmo as pessoas que vivem nos grandes meios escolhem sempre um canto que lhes serve de aldeia. A aldeia é um conjunto de casas. E no meio das casas há a casa. O problema é aqueles que sabem isso e que não têm casa. Que a tiveram e deixaram de ter"
Eduardo Lourenço
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer,
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.
Alberto Caeiro
MÃE
Vem ouvir a minha cabeça a contar histórias ricas que ainda não viajei! Traze tinta encarnada para escrever estas coisas! Tinta cor de sangue, sangue! verdadeiro, encarnado!
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Eu ainda não fiz viagens e a minha cabeça não se lembra senão de viagens! Eu vou viajar. Tenho sede ! Eu prometo saber viajar .
Quando voltar é para subir os degraus da tua casa, um por um. Eu vou aprender de cor os degraus da nossa casa. Depois venho sentar-me a teu lado. Tu a coseres e eu a contar-te as minhas viagens, aquelas que eu viajei, tão parecidas com as que não viajei, escritas ambas com as mesmas palavras.
Mãe!Ata as tuas mãos ás minhas e dá um nó cego muito apertado! Eu quero ser qualquer coisa da nossa casa. Como a mesa.
Eu também quero ter um feitio, um feitio que sirva exactamente para a nossa casa, como a mesa.
Mãe! Passa a tua mão pela minha cabeça!
Quando passas a tua mão na minha cabeça é tudo tão verdade !
Almada Negreiros, in a invenção do dia claro
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