Onde, quando, quem são?
Desta vez foi o Zé. Mais uma luz que se apaga na Vila, uma casa que se fecha, uma horta por cultivar, um cão (O Piloto) sem dono. Todos ficamos mais sós. O Cimo da Vila mais deserto. Quando for à Vila e for dar a minha haitual volta pelos Regatos vou sentir a falta da conversa não importa sobre o quê. Às vezes, repetíamos conversas. Da ida para França no dia 7 de Setembro de 1961com outros da terra e por lá esteve 18 anos; pagou sete contos e meio ao passador; foi preso em Bordéus mas o patrão para quem ia trabalhar foi lá buscá-lo levando-o para Clermont Ferrant onde trabalhou no corte de lenha. Depois foi para Paris a trabalhar na construção civil. Não gostou da experiência em França e diz que cá ganhava bem pois na altura trabalhava para o Estado a fazer Talefes (Marcos Geodésicos) , a 48 escudos por dia. Da última vez disse-me que o carteiro ou outras pessoas de fora, perguntavam pelo José Fonseca e ninguém sabia que era ele, pois todos o conheciam por Zé Jerónimo. Jerónimo era o seu pai, pedreiro de profissão, e ele, a Elvira, o Francisco, o António, o Carlos, todos irmãos usavam o sobrenome Jerónimo. Aos filhos e restante família, apresentos sentidas condolências.
Sem os recursos financeiros, económicos, sem Segurança Social, sem esperança numa solução da ciência, exaustas na saída de uma guerra mundial, restava às pessoas rezar. A pneumónica, também chamada gripe espanhola, foi das maiores pandemias da humanidade - o número de mortos, difícil de contabilizar, vai dos 17 aos 100 milhões. Na vila, os sinos não paravam de tocar a sinal. Foram 68 mortos.
Diz Pinheiranda Gomes, na Capeia Raiana de 21 de Fevereiro 2016:
“Há uns bons anos atrás estudámos o movimento social católico entre os anos de 1850-1930, com ênfase na fundação da Associação Católica do Porto (1871), no Centro Católico Português (1917) e na criação ou reorganização de muitas obras dispersas e sem coordenação, na chamada Acção Católica Portuguesa (1933).”
No que ao Sabugal diz respeito, em Junho de 1918 (segundo o Boletim da Diocese da Guarda, Ano lV, nº 1) já estavam a funcionar os seguintes: Sabugal, Rapoula do Côa, Baraçal, Soito, Vale de Espinho e Vilar Maior.
Vilar Maior
Presidente: Júlio Matias, Pároco; Vice-Presidente: António Gata, comerciante. Vogais: José Morgado, operário, e Júlio Simões Ferreira, proprietário; Tesoureiro: Joaquim Fernandes, proprietário; Secretário: João António Monteiro, professor aposentado.
Bom, desta é de vez e o próximo post sobre o assunto (muito em breve) vai mostrar-vos uma fotografia diferente com uma sinalização completa. Vai fazer 11 anos no próximo dia 24 do mês corrente que dei conta do facto em post intitulado:
Nós por cá é assim https://vilarmaior1.blogs.sapo.pt/94886.html
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