Sábado, 20 de Junho de 2020

Tornar Vilar Maior uma aldeia cultural

Dia 27 de junho vai realizar-se uma reunião da Associação Muralhas de Vilar Maior. Pediram-me que desse o meu contributo: Na continuação do que há longos anos venho fazendo neste blog e, mais especificamente nos últimos posts, apresento um resumo muito esquemático de obras a realizar(incluindo algumas já apresentadas anteriormente).
Naquilo que se segue é tão só a minha visão do que poderia ser feito. Sintam-se perfeitamente à vontade para concordarem, discordarem, alterarem, mudarem, sugerirem. 
 
A- Obras sem custo ou baixo custo: 
  1. Hino do Senhor dos Aflitos, escrito em azulejos ou noutro suporte na sua capela ou no largo
  2. Toponímia: A toponímia, que etimologicamente significa o nome dos lugares, pode constituir um precioso contributo para o fortalecimento da identidade de uma comunidade na medida em que por ela se pode transmitir a sua história.
  3. Forca : tomando por base o desenho de Duarte de Armas poder-se-ia reconstruir esta forca. O sítio alto onde se encontra atrairia o olhar de quem visita Vilar Maior. No mesmo sítio  (por sugestão do Carlos Gata)poderia ser construído um miradoiro.
  4. Colocação de cruzeiros anteriormente existentes: Fonte Nova, Largo das Portas. Um cruzeiro que assinalasse o local da extinta capela do Espírito Santo
  5. Plantação de medronheiros e mostageiros nas cercanias do castelo
  6. Implantação de uma nora  e de uma burra (picanço, picota) na Horta da Ribeira ou, em alternativa noutro local público.
  7.  Iluminação da torre da Igreja, da ponte românica, da Forca, do Arco, do Museu, da Igreja da Senhora do Castelo
  8. Reabilitação das Eiras
  9. Desocultação do arco antigo da capela de S. Sebastião
  10. Reclamar o canhão de VM que está à entrada do museu da Guarda e colocação no local em que exerceu função

B - Com algum custo:

1. Consolidação das ruínas da Senhora do Castelo e construção de um átrio partilhado com o cemitério

2. Aquisição e construcão de um largo junto da Igreja Matriz

3. Reabilitação da Torre de Menagem, tornando possível a subida à mesma e o disfrute da paisagem.

4. Mostra das estruturas  de três culturas impotantes: O ciclo do pão - arado(tapada) - Eira - Moinho - Forno; O ciclo do vinho - lagar/prensa - dorna/ tonel - Alambique; O ciclo do linho - Ripanço, maçadoiro - roca - tear

5. Valorização da encosta norte do castelo; incluindo o trajeto (passadiços?) desde a barragem das Eiras até ao pontão do Pindelo (com reabilitação do moinho, visita ao Pombal, às sepulturas antropomórficas ...); os caminhos que vão dar à Fraga e um miradoiro no Saltadoiro dos Cães.

6. Dado quase como certo que a zona das Lages, as casas jamais serão recuperadas para viver, deveria haver um trabalho de limpeza e conservação de ruínas. 

 

 

publicado por julmar às 11:03
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Domingo, 14 de Junho de 2020

Tornar Vilar Maior uma aldeia cultural - 4

Foto igreja.jpg

Repito o que disse em post de 27 de Fevereiro:

«Todos os vilarmaiorenses sentimos que a nossa terra, a Vila, tem alguma coisa de diferente, de especial que nos faz sentir orgulhosos por sermos sua pertença. Ao mesmo tempo, sentimos que está a ficar cada vez mais deserta, mais abandonada, temendo, com fortes razões, que o seu tempo esteja a chegar ao fim. Seria muito triste que um passado de mais de oito séculos acabasse assim, sem mais nem menos, como se todo o seu passado se enterrasse. Mais triste, ainda, por sermos nós a assistir à sua agonia sem nada fazermos. Por isso, antes que morra, antes que alguém, por milagre, a  viesse a ressuscitar, vamos todos fazer o que deve ser feito. E o que deve ser feito? Pensar, comunicar e agir. Sem medo e sem vergonha. Com transparência e clareza. Com responsabilidade, com respeito, em diálogo. Começando por pequenas coisas. Começando por coisas que não custam dinheiro - há muito a fazer e, uma vez feitas, fazem a diferença; por coisas que custam pouco dinheiro - e valem muito; por coisas que custam mais dinheiro mas quando tivermos feito as outras estaremos preparados para elas. (...)»

Propusemos até agora

1) Devolver às Eiras - um lugar das nossas memórias - o aspeto  de um lameiro. Iniciou-se, já, com o levantamento do monte de terra.;

2) Construir um painel com os versos do Hino do Senhor dos Aflitos a colocar na parte exterior da respetiva capela ou do respetivo largo;

3) Levantamento da Forca, de acordo com o desenho feito por Duarte D'Armas.

Convido-vos a olhar para a fotografia que inicia este post. Quando tiverem oportunidade, vão ao local. Observem, olhem com atenção. A Igreja matriz de S. Pedro não mereceria um outro enquadramento?

Faço, apenas, notar que estamos na parte histórica da nossa vila e que este largo seria  a ligação para o museu, para a Igreja da Senhora do Castelo /Cemitério e Castelo

Aceitam- se sugestões.

publicado por julmar às 12:20
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Terça-feira, 2 de Junho de 2020

Histórias de vida à volta de um corno!

rica vida.JPG

(Fotografia retirada do facebook de António Simões)

Adoro fotografias antigas, a preto e branco, de gente da Vila. Trata-se de uma fotografia de 1943, dentro das muralhas do castelo onde, nos dias antes se tinha representado um drama ( o que era feito com alguma frequência), como testemunha a estrutura de madeira que serviu de palco ao espectáculo. As gentes da vila eram muito dadas à farra e, volta e meia, lá reuniam segundo afinidades de amizade, parentesco, vizinhança, de pertença a grupos sociais e de sexo separadas no templo e no tempo. Dos presentes na foto conheci o sr Raul, o sr José Simões e o sr Fernando Castelo Branco. Apostaria que o senhor atrás do sr Raul seria seu pai, Alexandre Araújo que, com a D. Olívia sua esposa, constitíram uma das mais extensas e prestigiadas família de Vilar Maior, unindo as linhagens Araújo e Ferreira Franco.

O sr Fernandinho ( Fernando, Castelo Branco, Boavida e Areias para os invejosos), vindo da Orca, com saber e sorte, com o casamento com  Adélia Gata (minha excelente professora), enriquecido com a exploração do  exploração do volfrâmio, ganhou prestígio e direito a estar no grupo.

 

publicado por julmar às 11:09
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