O que é que a imagem tem a ver com o assunto?
As zonas de fronteira foram, são ainda noutras paragens, lugares de guerra. Os castelos, de um lado e outro do rio Coa eram os lugares estratégicos de defesa e de ataque. Há pouco mais de duzentos anos, os nossos tetra e penta avós enfrentavam os exércitos franceses que roubavam e aterrorizavam as populações. Louis Henri Loison (1771-1816) ficou célebre pelas torturas, crueldades e pilhagens. Tudo ia parar a este general que perdera uma mão durante uma caçada, ia tudo para o Maneta como foi alcunhado. Mas as gentes daqui não lhe tornavam a vida nada fácil.
Nas minhas ociosas pesquisas de documentos de Vilar Maior no século XIX, entre personagens de relevo social, aparece em vários registos o nome de José Ribeiro Leitão (do pai e do filho)
Casado com Isabel China, é um casal de proprietários fiador em quantias avultadas, nomeadamente, ao tesoureiro e subdiretor da alfândega da Vila (1843). Viúvo casou em segundo matrimónio com Maria da Cunha Cardozo. Era escrivão da Câmara Municipal deste concelho em 1843.
O seu pai tinha o mesmo nome, José Ribeiro Leitão e aparece referido nos Anais da Beira Côa (Parte II), de Fernando Larcher :
“25 Jul. Vão 15 franceses a Vilar Maior e tomando armas José Ribeiro Leitão com vários paisanos põem-nos em fuga e perseguem-nos por meia légua 992. (vide 27 Jul. e 3 Ago.)”
E dois dias depois
“27 Jul. Aparecem 25 dragões franceses em Vilar Maior. Resistiu-lhes o povo liderado por José Ribeiro Leitão, matando dois soldados e pondo os outros em fuga. (vide 25 Jul. e remissões aí constantes)”
“3 Ago. Tendo informação de que o inimigo viera a aleias vizinhas de Vilar Maior, partiu daqui José Ribeiro Leitão pelas aldeias de Arifana e Malhada de Açorda , com alguns paisanos. Juntaram-se outros destes lugares para atacar os franceses que eram de infantaria e cavalaria. Estavam alguns a roubar na Quinta do Jardo, que fugiram logo e se foram reunir a outros que estavam pelos moinhos do Coa onde juntavam o que pilhavam. Os portugueses perseguiram-nos até ali e em S. Caetano mataram 25 homens, um dos quais oficial, e tomaram-lhes 6 cavalos, 5 mulas, e armas, deixando um cavalo morto. Tomaram-lhes também muita farinha e vários trastes, como caldeiras, que na sua fugida se viram obrigados a deixar. O resto dos franceses que seriam cento e tantos retiraram-se com a maior precipitação pelos montes 998 .”
Então, conseguiu encontrar resposta à pergunta?
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