Esta é a capa de uma publicação da Faculdade de Arquitetura a Universidade do Porto que os autores aí sinalizados levaram a cabo. Não é possível prever as consequências do que fazemos, dizemos ou escrevemos. Porém, se o nosso propósito de vida é maior do que nós ele há-de ter quem por ele se interesse. Essa é a razão porque não desisto deste blog, porque não desisto da minha terra e da minha gente. E, se assim não fora, este trabalho teria, certamente, vindo à luz mas Vilar Maior não estaria nele, não seria um dos sete pequenos centros urbanos escolhidos a merecer atenção de investigadores cujo olhar nos ajuda na compreensão, do que fomos, do que somos e do que poderemos ser como comunidade.
Não querendo, por agora, mostrar o quanto de interesse e interessante se contem neste trabalho, transcrevo este parágrafo de apresentação da arquiteta Alexandra Gesta:
Se apenas um tema da obra pudesse escolher destacar, o tema que vejo como superior importância é o tema da Resistência - da capacidade dos terrritórios de se reinventarem ao memso tempo que se mantêm fiéis a si mesmos e ao seu passado e valores e tradições históricas. A capacidade de perseverança perante um contexto de mudanças progressivamente mais aceleradas que obedecem a interesses sócio-económicos que são indiferentes a estes saberes e gentes. Uma competência de não se deixar descaracterizar, sem deixar de se atualizar e adaptar.
Devo dizer que foi um enorme prazer conversar sobre Vilar Maior com o Rui Braz Afonso e o Rui Alves com vista à escrita deste trabalho e, igualmente agradável, a tarde de conversa com o Rui Braz Afonso e a Daniela Ladiana.
E, claro, em nome da minha terra e da minha gente, um muito obrigado aos autores.
Para os que têm uma matriz rural, mesmo que more perdida na longínqua infância; para os que gostariam de expressar o mundo perdido em que foram felizes; para todos os que tiveram de deixar a sua casa, os seus campos, os seus animais, os seus familiares, os seus amigos; para todos os que gostam de poesia.
Também lhe pode juntar música
https://www.youtube.com/watch?v=XmZMWldLk6k
Rosalía de Castro
Adios, ríos; adios, fontes;
adios, regatos pequenos;
adios, vista dos meus ollos:
non sei cando nos veremos.Miña terra, miña terra,
terra donde me eu criei,
hortiña que quero tanto,
figueiriñas que prantei,prados, ríos, arboredas,
pinares que move o vento,
paxariños piadores,
casiña do meu contento,muíño dos castañares,
noites craras de luar,
campaniñas trimbadoras
da igrexiña do lugar,amoriñas das silveiras
que eu lle daba ó meu amor,
camiñiños antre o millo,
¡adios, para sempre adios!¡Adios groria! ¡Adios contento!
¡Deixo a casa onde nacín,
deixo a aldea que conozo
por un mundo que non vin!Deixo amigos por estraños,
deixo a veiga polo mar,
deixo, en fin, canto ben quero...
¡Quen pudera non deixar!...Mais son probe e, ¡mal pecado!,
a miña terra n'é miña,
que hastra lle dan de prestado
a beira por que camiña
ó que naceu desdichado.Téñovos, pois, que deixar,
hortiña que tanto amei,
fogueiriña do meu lar,
arboriños que prantei,
fontiña do cabañar.Adios, adios, que me vou,
herbiñas do camposanto,
donde meu pai se enterrou,
herbiñas que biquei tanto,
terriña que nos criou.Adios Virxe da Asunción,
branca como un serafín;
lévovos no corazón:
Pedídelle a Dios por min,
miña Virxe da Asunción.Xa se oien lonxe, moi lonxe,
as campanas do Pomar;
para min, ¡ai!, coitadiño,
nunca máis han de tocar.Xa se oien lonxe, máis lonxe
Cada balada é un dolor;
voume soio, sin arrimo...
Miña terra, ¡adios!, ¡adios!¡Adios tamén, queridiña!...
¡Adios por sempre quizais!...
Dígoche este adios chorando
desde a beiriña do mar.Non me olvides, queridiña,
si morro de soidás...
tantas légoas mar adentro...
¡Miña casiña!, ¡meu lar!----
Adiós, ríos; adiós, fuentes;
adiós, arroyos pequeños;
adiós, visión de mis ojos;
no sé cuándo nos veremos.Tierra mía, tierra mía,
tierra donde yo me crié,
huertecilla que quiero tanto,
higueruelas que planté;prados, ríos, arboledas,
pinares que mueve el viento,
pajarillos piadores,
casita de mi contento;molino de los castañares,
noches claras de lunar;
campanitas timbradoras
de la iglesia del lugar;moras de los zarzales
que yo le daba mi amor,
senderos entre el maíz,
¡adiós, para siempre, adiós!¡Adiós, gloria! ¡Adiós, contento!
¡Dejo la casa donde nací,
dejo la aldea que conozco
por un mundo que no vi!Dejo amigos por extraños,
dejo la vega por el mar;
dejo, en fin, cuanto bien quiero...
¡Quién pudiera no dejarlo!
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