O tamanho do nome é proporcional ao número dos que nele se abrigavam. É um retrato exato? Não é. Contudo, dá-nos a paisagem das famílias no segundo quartel do século XX.
Nuvem de palavras baseada em 700 registos
Começa a ser longa a lista do "Requiescat in pace" de que damos conta em "Vilar Maior, minha terra, minha gente". Mais uma vez, pela primeira vez o som dos sinos novos, soou a sinal. Desta vez, foi José Valente. Na década de cinquenta do século passado, terminada a Segunda Guerra Mundial, no dealbar da exploração do volfrâmio e respetivo contrabando para Espanha, antes do êxodo migratório para França, eram muitos os jovens saídos da escola que rumavam a Lisboa onde um conterrâneo ou familiar os encaminhava para marçanos, aprendizes de caixeiro, especialmente de mercearias. Benfica e Amadora eram os lugares mais escolhidos. Lisboa passou a albergar a maior comunidade de Vilarmaiorenses migrados, de tal modo que na década de sessenta e setenta realizavam um encontro anual, num dia que se cimentavam os laços e comungavam a identidade das mesmas raizes.
Foi, um pouco assim, que José foi até Lisboa e se afeiçoou ao ofício que nem a miragem de França fez alterar o curso da sua vida.
Aos familiares do José apresentamos sentidas condolências
Há cerca de 10 anos escrevi, o texto que se segue. Como não resultou o pedido, novamente o faço. É uma preciosidade que vale, sobretudo, pelo conteúdo.
Eu sabia que existia este livro no museu, tinha tirado nota da sua existência e, felizmente, tirei-lhe o retrato. Uma vez liberto, pela aposentação, dos deveres profissionais, tinha tempo para algumas investigações, resolvi que era tempo de procurar o “Liber Status Animarum”, onde deveria estar. Mas não estava e não está. Contatei os responsáveis mas ninguém sabia da sua existência. Sinto alguma frustração, pois, penso que poderíamos ter algumas informações interessantes e importantes de caráter genealógico, histórico, sociológico para o conhecimento da nossa terra. Parece-me haver pouca investigação sobre este tipo de documento, pois, na Net, apenas encontrei este pequeno artigo na Wikipédia:
Liber Status Animarum (Livro do Estado das Almas) é a expressão latina para designar os registos que a seguir ao Concílio de Trento (1545-1563) serviam aos padres de cada paróquia para neles registarem dados biográficos e religiosos dos paroquianos. Eram uma espécie de recenseamento da população feita pelo clero.
Os Liber Status Animarum foram prescritos no Ritual Romano publicado em 1614 pelo papa Paulo V. No princípio continham apenas informações religiosas concernentes à vida religiosa (bênçãos, exorcismos, sacramentos). No século XVIII outras informações foram registadas: composição detalhada da família, propriedades, profissão, idades, chegadas e partidas da paróquia. (Dados retirados de Wikipédia)
Encontrei ainda um estudo sobre o referido documento na diocese de Nice, em França:
Le livre d'etat des ames (liber status animarum) une nouvelle contribution a la connaissance des populations des anciens comte et diocese de Nice
https://www.departement06.fr/documents/Import/decouvrir-les-am/rr90-1985-03.pdf
"...les livres des âmes constituent pour les généalogistes, sociologues, Historiens des documents incomparables. R faut tout mettre en jeu pour Éviter leur perte", L. Michard et G. Couton
E porque ele existe, esperemos que esteja em boas mãos e que regresse. Apenas será útil se pudermos usufruir do seu conteúdo.
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