Que aquele acrescento obtido por Dom Dinis, o Lavrador, para o reino de Portugal, à custa das imensidades de Castela, se chama RIBACOA todo o sabugalense sabe. Como consabido é igualmente que o Coa—ou a Coa, pois há muito quem feminize a palavra, por se achar que, pelo limitado do caudal, tem mais de ribeiro que de rio—nasce no limite dos Foios, mesmo junto á Raia e que, à semelhança da Senhora do Almurtão, por não querer ser Castelhana, virou costas a Castela e correu para Oriente, vindo a afogar-se no Douro, na zona das amendoeiras—terra quente do Norte, junto de Vila Nova dos Judeus, nome deturpado do legítimo que é Vila Nova de Foz Coa, que no povo há quem chame de faz Coa. Devo dizer que nunca entendi os anátemas apostos àquela ridente povoação que nunca teve mais gente de raça semita ou somítica do que qualquer outra das existentes em Portugal, mas certamente sempre contou muito menos do que Belmonte, Trancoso ou mesmo a Guarda, mas a verdade é que as trovas circulam: Vila Nova,vila Nova Vila Nova de Fozcoa Se não fossem os judeus Vila Nova era boa Ou ainda mais impressivamente: Vila Nova,Vila Nova, Vila Nova dos judeus O que fizestes a Cristo Haveis de fazê-lo a Deus Não terá sido para isto que o Coa virou costas a Castela. Mas os seus irmãos do berço de água – o Agueda e o Erges, que inicialmente ficaram por Espanha também acabaram por aportar terras lusas. Á guisa das gotas que acabaram na Meimoa ou na Basargueda. O Coa, ou na sua forma actual ou na latina de Cuda, ou nas alterações que a semântica impõe, está presente nos nomes de povoações, dentro e fora da sua bacia hidrográfica—ou seja nas regiões proprimente cudanas, como no CISCOA ou TRANSCOA Há muitas povoações que ostentam orgulhosamente o título, desde anexas Arrifana do Coa ou Carvalhal do Coa, a freguesias, v g, Rapoula do Coa, ou Seixo do Coa. Noutras, a raíz está lá. Mas só uma pessoa versada nesta coisa das trasformações que as palavras sofrem dará com ela: O nome de Quadrasais transforma o CUDA, nome latino do Coa, como já acima deixámos expresso, em QUA. E Trancoso é — era — o primeiro centro militar importante passado o COA, ficando portanto no Transcoa ou Além-Coa.
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