O funeral foi ontem. Nestas terras ainda se morre nas já não se nasce. E para encomendar as almas a Deus e sepultar os mortos já precisamos de recorrer aos espanhóis. Na pequena (e bela) igreja do Escabralhado, cheia de familiares e amigos, com presidência de um padre espanhol, rezámos e acompanhámos o corpo do Gabriel até ao pequeno cemitério, onde uma cerejeira, à entrada, farta de flores acenava um último adeus.
Por mim, corriam as lembranças da meninice. Da conversa no leito do rio à Fraga, uma discussão infantil sobre o nome das coisas, porque é que as coisas se chamam assim e não de outra maneira. Vim a saber mais tarde, muito mais tarde, e a ter de estudar, que essa foi uma acesa questão nas universidades mais importantes da Idade Média e que Saussure (talvez escrevendo sobre o assunto no preciso momento em que nós infantilmente colocávamos o problema em cima de um barroco), revolucionou os estudos linguísticos com o chamado carácter arbitrário dos signos. O Gabriel era um pensador que não teve oportunidade de partilhar o carácter arbitrário não apenas dos signos mas da própria vida. Por vezes, a corrente do rio é muito forte porque são muito estreitas as suas margens.
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