Nominum Ratio
O título nomes das coisas sugeriu-me uma pequena abordagem do tema, fazendo uma abreviada peregrinação pelas regras da evolução, tanto filológica como semântica das palavras
Já não há papel na Guarda
Nem tinta pelos conventos
Nem aves que criem penas
Para escrever sentimentos
Precedendo de milhões de milénios os aparos e canetas, mesmo os mais rudimentares que eu e os meus coevos ainda usámos na escola, eram as penas de ave que exerciam aquela função, com elas rabiscavam os letrados as sentenças que remetiam para o pelourinho, a cadeia ou, in extremis, a forca, aqueles que julgavam.
A pena ditava o castigo que tinha de se cumprir e como esse cumprimento implicava dor, tudo o que desgostasse passou a ser pena.
Com pena pego na pena
Com pena de te escrever
Com pena eu te escrevo
Com pena de te não ver
ou
Para marcar o desgosto da separação
O papel em que te escrevo
Sai-me da palma da mão
A tinta sai-me dos olhos
A pena do coração
Mas não eram só as aves que forneciam aos nossos antepassados instrumentos para a escrita.
Os caules de pequenas dimensões, nomeadamente os do trigo e centeio, também se usaram e, com eles, os escribas ao serviço dos governantes escreviam as determinações destes.
Determinações que, por saírem dos calamos, se chamavam calamidades e que, por, normalmente, serem más para o povo, se confundiam com desgraça.
Mas uma calamidade, entendida a palavra na sua pureza original, é pura e simplesmente um decreto.
A palavra ladrão, hoje vituperada, significava antigamente um cargo da mais alta importância.
Laterão – do latim lateronem – era o governante sentado à direita do monarca e em quem este delegava para a resolução das grandes questões.
O laterão era, pois, o chefe do governo, o primeiro ministro, em linguagem actual.
Os abusos do poder foram minando o conceito
Inversamente, o ministro, antigo moço de recados, nobilitou-se
Como os homens, habent sua fata verba
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