Contrariamente ao que sucedia na vizinha Espanha,onde pequenos pueblos como, por exemplo, Alamedilha, que uns dizem DEL CHOZO, outros DE AZABA, ou até fincas de pouca importãncia como Los Campanarios se encontram já dotados de luz eléctrica desde os princípios do século passado, portanto há mais de cem anos, a RAIA SABUGALENSE só muito tarde veio a gozar daquele benefício.
De maneira que no pré e post crepúsculo só a lua valia aos noctivagos de índole ou necessidade.
Aliás, mesmo dentro de casa ou nas palheiras do gado, o negrume era rei.
O problema foi particularmente sentido na década quarenta do século passado, quando, face ás contingencias da Segunda Grande Guerra, o petróleo, o principal dos gases de iluminação, quase desapareceu do Mercado e o azeite e outras gorduras usadas como sucedâneo foram objecto de apertado racionamento.
O petromax era um luxo caro e inacessível a novecentos e noventa e nove por cento dos íncolas, que também desconheciam as outras pedras iluminantes.
As velas de cera, por serem de preço muito alto, restringiam-se aos actos de rito,
E as de sebo, não se vendiam por aqui.
De sorte que, posto o sol e não sobrevinda a lua, era ainda à mae-natura que se recorria.
A lumeeira de palha, o galho de pinho—do bravo—porque o manso mal debuta—,
a rama da giesta, a pinha constituíam o material iluminante—dentro e fora de portas.
Até na casa do correio, ou seja do influente local onde se ia pôr e levantar a correspondência, se adregava de chegar já depois do crepúsculo nocturno, o solicito distribuidor armava-se de lunetas e acendia uma pinha, não com um fósforo, mas chegando-a ao braseal que rechinava.
Assim o mandavam elementares preceitos de economia centrados no rifão: Quem não poupa um palito, nunca chegará a rico.
Por vezes, muitas vezes até, não era a sovinice mas a rareza da moeda cunhada que levava a pedir uma brasinha de lume á vizinha que mais cedo acendera a lareira.
É que, antes do grande exôdo, dois tostões, preco da caixinha dos amorfos, eram dois tostões... que nem sempre tilintavam no bolsilho de qualquer.
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