Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008
«Quanto mais se abaixa, mais o rabo lhe aparece»
Porque a língua é um dos elementos mais importantes de uma comunidade, aqui fica o repto para deixarem posts que mostrem alguma especificidade dos modos de falar em Vilar Maior. - expressões, ditos e dixotes ...
Ainda outro dia, um comentador me avivou a memória ao utilizar num dos seus posts o termo sofisma (teria eu tirado uma fotografia por sofisma ...)
Então, vamos a isto!
De Dofaleiro a 6 de Março de 2008 às 15:19
Diz o rifão que nem sempre quem mais madruga mais cedo se lhe amanhece. Assim sendo, ainda estou a tempo de deixar o meu contributo.
No tempo em que a tenaz era uma tanassa, davam-se umas tanassadas, tirava-se uma brasa do lume para assentar as borras do café e havia quem andasse a atanassar o juízo a outrém.
A rega podia ser feita ao rêgo ou ao desdém.
Ceifava-se a eito ou ao rêgo.
As gestas verdes e molhadas, fazem mais fumo do que lambra, ficando os olhos chorelhos.
Vou ali ao Faleiro a acarear o gado.
No tempo em que não havia colesterol, manhã bem cedo, bebia-se uma gemada, que o almoço ainda vinha longe.
A cada preto sua sardinha? Não. às vezes meia para cada um e já era um pau.
Vou ao mercado da Bismula mercar uns tamancos e mando-os ferrar e brochar a um brocheiro da Vila. Aproveito e mérco tamém uns botins pró rapaz estrear na festa. À conche: ele vai ficar todo concho.
Nesses tempos, nínguém se chibava.Mas havia muitos chibos, chibas e chibinhos.
O homem andava tão desacrossoado cua vida que se foi a deitar àfogar ao poço boisão.
Arrenegaram-se os dois.O mais piqueno era mesmo um pugês. Mas quando o grande le deu dois lambefes, aquele espetou-le dois punhões no baixo ventre, que logo o estombejou redondo que nem um pião .
Está a fazer escárneo de ti? mandó cozer.
Agora que acabei, vou arremangar as çalcas e vou-me embora àcorrer.
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