Segunda-feira, 28 de Abril de 2008

« Livro da Conta Corrente do Thesoureiro da Misericórdia»

A misericórdia foi uma instituição de grande importância na vida economica, social, cultural e religiosa da Vila. As reuniões corriam na sala do Despacho, actual sacristia onde ainda se encontra o cofre.

O livro referido é um precioso documento.  Aqui tem um quadro da contabilidade feito a partir dele.

Ano Económico

Receita

Despesa

Saldo

1859

252$506

201$254

51$252

1860/

253$905

190$302

63$603

1875

128$535

115$710

12$825\

1876

160$730

137$430

23$310

1877

263$760

218$0322

45$728

1879

321$275

236$989

84$286

Os bens de alma eram quase todos pagos em centeio. Razão por que o ano económico começava por Agosto/Setembro.

Sabe quanto tinha de pagar em centeio por um bem de alma? Sabe quantos reis valia um alqueire de centeio? Sabe o que é um bem de alma?

publicado por julmar às 16:18
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7 comentários:
De "O Vila" a 29 de Abril de 2008 às 15:09
Devo confessar que em toda a minha existência, até onde a minha memória alcança, sempre ouvi falar dos "bens de alma", relacionando-os mais ou menos com o que serão de verdade, mas não me atrevo a descrever tal definição, com risco de não ficarem totalmente esclarecidos. Por isso espero que alguém que esteja mais a par do assunto, nos esclareça sobre tão ancestral costume. Aposto que Riba-Côa é pessoa para isso.......
Do aniversário sim, ainda me lembro, principalmente no que concerne aos fogosos sermões que eram tanto melhores quanto mais lágrimas fizessem brotar dos olhos dos fiéis!!!.
Recordo o excerto de um, que jamais me saiu da memória: "ainda que se juntasse toda a lenha existente nas moitas e lhe fosse lançado o fogo, seria nada em comparação com as labaredas existentes no inferno!!!!!!".


De Manuel Maria a 30 de Abril de 2008 às 11:02
Os "bens d'alma" surgiram na alta idade média, é o que me ficou das teologias, com a defenição dogmática da existência do purgatório, num dos concílios de Latrão. E foi o que uriginou as doações aos conventos e construções das catederais para sufrágio das almas de quem acredditava ser possível apagar assim, como se de lixivia se tratasse, a grandes nódoas das "trafulhices" que fazia em vida.


De Manuel Maria a 30 de Abril de 2008 às 11:05
Descuplas pelos erros...
definição, originou, catedrais, acreditava...
a digitalização à "velocidade da luz" é o que faz!


De Ribacôa a 29 de Abril de 2008 às 22:50
Uma definição precisa do que sejam os bens de alma, não está ao meu alcance. Contudo, em termos genéricos, direi que consistem num determinado número de missas mandadas dizer por alma de cada um dos irmãos da Misericórdia, falecidos em cada ano e os quais (bens de alma e respectivos nomes), eram anunciados durante a cerimónia do aniversário. A quantidade em centeio a pagara por cada bem de alma? Talvez um alqueire; Ou seria um meio? Ou uma quarta? O preço do Alqueire em reis é que não faço a mínima ideia. Uma coisa tenho como certa ; É a de que não variava em função da inflacção.


De Manuel Maria a 30 de Abril de 2008 às 11:07
Não tenho a certeza... mas se assim não era, devia de ser... Há almas mais "pesadas" que outras e a medida para sufrágio também devia variar consoante o peso, para o fiel da balança ficar precisamente a prumo nas contas da eternidade.


De Ribacôa a 30 de Abril de 2008 às 13:20
Gostei desta. E até tem lógica, se atendermos ao facto de existirem almas de deus, almas do diabo e até almas penadas.(lol)


De julmar a 30 de Abril de 2008 às 21:56
Um bem da alma era pago com 1/2 alqueire de centeio ou o equivalente em dinheiro 240 reis, exactamente o preço de uma missa; abrir uma sepultura custava um pouco menos - cerca de 200 reis.


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