Sábado, 14 de Junho de 2008

Mais um caso de restauro bem conseguido de uma casa encostada ao Arco e ao Muro. Em tempos que já não são da nossa lembrança era proprietária da casa, então era rés-do-chão apenas, Maria Isabel Silva.
De Ribacoa a 15 de Junho de 2008 às 00:33
Já que estamos em maré de apelidos/nomes, creio que Maria Isabel Silva era irmã de Isabel Maria da Silva. Estranho? Não muito, porque tudo tem uma razão de ser. Da primeira, que em tempos foi proprietária da casa da imagem, efectivamente não teremos ideia. Contudo, qual de nós ao olharmos a casa, não nos lembramos imediatamente do ti Zé Santo, que a terá herdado?
Ainda estou a ver o anexo que servia de casa do ofício/ oficina/alfaiataria ali por cima do actual alpendre, onde muitos de nós teremos entrado para, às mãos do ti Zé Santo, fazermos a prova (tirar as medidas) para a confecção de um casaquinho, uns calções ou mesmo de um fatinho para estrearmos no dia da festa ou até para levarmos ao Sabugal aquando da prestação das provas de exame da 4ª. classe.
De Katekero a 18 de Junho de 2008 às 00:07
E na noite da consoada nunca falhava. Pelas quatro/ cinco horas da madrugada lá aparecia o bom do Zé Santo junto ao tôco, sempre com dois utensílios, um em cada mão; Numa um balde de rega que havia de levar para casa atulhado de brasas, com as quais encheria o ferro de engomar, tantas vezes quantas as necessárias até que toda a roupa confeccionada para entregar aos fregueses no dia de Natal ficasse bem passada. Na outra, um garrafão de cinco litros de tinto, para aquecer a alma da rapaziada que havia pernoitado junta à fogueira, já que o corpo, esse, estava estava bem caldeado. Este era mais um dos muitos rituais quase sagrados em Vilar Maior.
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