Quinta-feira, 24 de Julho de 2008
Vilar Maior tem passado e tem História o que constitui (ou deveria constituir) uma mais valia para o seu desenvolvimento e afirmação. No entanto, parece acontecer exactamente o contrário e o passado parece ser um pesado fardo obstaculizador do seu desenvolvimento. Assim, da fraca densidade populacional do concelho do Sabugal, Vilar Maior está no último lugar; assim, em termos de negócios, empresas, serviços está no último lugar; a única mercearia que havia fechou. Todas as freguesias (penso que todas) circunvizinhas, alteraram a celebração das suas festas para o mês de Agosto. Em Vilar Maior, porque a tradição pesou mais que a união de todos os conterrâneos a festa continuou no 1º Domingo de Setembro. Acontece que este ano esse domingo é no dia 7 de Setembro: Muito tarde.
Quando iniciei este blog, vai fazer dois anos, escrevi:
Quinta-feira, 24 de Agosto de 2006
«A única coisa para que não pode servir a festa é para desunir os vilarmaiorenses. Dizem os de um lado que a festa terá de ser no primeiro Domingo de Setembro porque sempre assim foi.Enquanto não houve emigração não houve problema. Também não houve problema enquanto os patrões lhes permitiram que alongassem as suas férias pelo mês de Setembro. Tornou-se problema quando tiveram que rumar ao trabalho até final de Agosto. Com compreensível dor de todos e revolta de alguns a festa continuou na data que sempre foi. Encontrou-se uma forma de mitigar o problema criando em meados de Agosto a «Festa do Emigrante». Neste momento já não são apenas os emigrantes que não podem assistir à festa mas muitos que trabalham em diversas zonas de Portugal.
Talvez seja tempo de repensar a data.
Este é um espaço que aceita essa discussão, dando a todos a oportunidade de expor a sua opinião que todas as opiniões são respeitáveis»
Há dias, em comentário, a um post deste blog, Carlos Martins escrevia:
«É com tristeza que leio estas notícias, mas a minha opinião é que a Nossa Terra precisa efectivamente destes sérios avisos, porque infelizmente os críticos são mais que os voluntários em fazer alguma coisa pela terra (não é que me sinta com grande legitimidade para proferir tal afirmação, pois efectivamente não tenho obra feita na terra), contudo por experiência vivida no pretérito ano verifiquei que quem mais critica é quem se mantém mais afastado das acções e não apresenta soluções para os problemas. Penso efectivamente que pelos momentos vividos na festa anterior, continuamos a fazer uma festa megalómana para a população que dispomos, ou seja na 2.ª Feira da festa quase não se conseguiam pessoas para a procissão, contudo continua a verificar-se a generosidade da maioria das pessoas, faltando a estes actos um pouco mais de união e voluntariado por parte de todos os conterrâneos.»
C.M.
Parecem-me muito pertinentes as observações do Carlos, sobretudo no que se refere à megalomania.
De Lian a 25 de Julho de 2008 às 22:24
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
(...)
Todo o mundo é composto de mudança
(...)
Segundo o que me foi dito por familiares mais velhos, o problema da mudança da data da festa foi discutido há muitos anos, tendo nessa altura vencido a opinião de que a data tradicional devia ser mantida. Só que, de então para cá, muitas coisas mudaram (tudo muda a cada momento) e a realidade de então também já se alterou. Menos gente, mais dificuldades em em encontrar organizadores....! No entanto, será que mudar a data só por si resolve todos os problemas relacionados? Se sim, defendo tal alteração, ficando desde logo resolvida a situação daqueles que a ela não podem assistir por se realizar em Setembro. Mas penso que não será só por aí. É o que ocorre dizer, sem prejuízo de poder voltar ao assunto.
De pedro cardoso a 28 de Julho de 2008 às 15:55
Sem duvida que a data seja talvez uma falsa questão. Pois outras festas em pleno agosto já acabaram (Soito e Aldeia da Ribeira).
A grande questão é sem duvida a falta de união e voluntariado.
De Bárbara Cardoso a 20 de Agosto de 2008 às 22:22
Caro Professor Júlio,
Permita-me que use o seu blog para informar os nossos conterrâneos dos últimos desenvolvimentos relacionados com a Festa em Honra do Divino Sr. dos Aflitos.
No dia 17.08.08 realizou-se uma reunião na sede da junta de freguesia, divulgada nos meios locais, tendo por objectivo discutir o futuro da Festa em Honra do Divino Sr. dos Aflitos.
Apesar de o número de participantes ter sido bem maior que o das reuniões anteriores, tendo em conta que foi num Domingo de Agosto, afinal só lá estavam os interessados no tema, que não me pareceram assim tantos, uma vez que somos muitos mais conterrâneos, quer os que vivem em Vilar Maior, quer os que estão espalhados pelo mundo e pelo país.
O assunto foi debatido e foram apresentadas propostas. Ficou decidido que as mesmas serão colocadas a votação no próximo Domingo, dia 24.08.08, às 15 horas, de modo a que todos os interessados possam votar. E mesmo para os que não possam estar presentes no local poderão votar por escrito, nominalmente e assinado. O voto pode ser colocado na caixa de correio da junta, enviado via CTT ou ainda por um familiar.
As propostas apresentadas são:
A. Mudar a data da Festa em Honra do Divino Sr. dos Aflitos para o mês de Agosto. É responsável por esta proposta Henrique Silva;
B. Realizar a festa em 2 momentos. 1º momento em Agosto, que resultaria da transferência da festa em Honra de Nossa senhora de Fátima da tradicional 2ª feira para Agosto (dia 13 ou 15, mas esta data seria acertada posteriormente). O 2º momento seria realizado na data tradicional, no 1º fim-de-semana de Setembro, mantendo as comemorações de Sábado e Domingo. Nesta proposta a comissão de festas é única. É responsável por esta proposta António Gata;
C. Duas festas religiosas integralmente iguais, uma em Agosto e outra em Setembro. É responsável por esta proposta Cláudia Marques;
Caso os conterrâneos não se revejam em nenhuma das propostas apresentadas podem ainda votar em:
D. Manter a Festa em Honra do Divino Sr. dos Aflitos no modelo e data actuais;
E. Acabar com as festividades.
Apelo à participação de todos, para que mais tarde não apareçam os críticos que não se revêem na solução votada, mas que não contribuíram para encontrar uma solução, que agrade pelo menos à maioria de todos os Vilarmaiorenses.
O meu desejo é que todos se empenhem nesta e noutras missões para ajudar a nossa terra.
Cumprimentos para todos os que gostam de Vilar Maior,
Bárbara Cardoso
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