- Olha, sabes quem morreu? O Xico Rasteiro, da Arrifana.
Quando a mãe me telefona e me dá notícias, são quase sempre notícias de mortes e funerais. Há muito tempo por aquelas terras que assim é. Eu continuo a gostar daquele mundo que domino completamente, e do qual conheço a geografia - a humana e a física - até ao pormenor. E conheço as pessoas, todas as pessoas e os seus parentescos. Por isso, quando morrem é um pouco de mim que morre. Vejo o Xico no seu jeito de andar à Rasteiro sempre de cachaporro na mão, do falar anguloso e intempestivo de negociante de ovinos, carniceiro dos dias de festa ... E lembro-e da nossa última conversa, sentados no maçadoiro do comércio. Ouvi a história dos negocios de borregos, ouvi as histórias da vida e das maleitas e achaques de ultimamente e do raio das pernas que não querem andar. Não sabia que era a última vez que o ouvia. A mãe disse-me que se juntou lá um gentio para o funeral. Também eu lá fora se a vida desse tempo para chorar os mortos.
Requies in pacem.
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