Segunda-feira, 16 de Outubro de 2006
Fui a estrear a A26 que torna Vilar Maior mais próximo do litoral. Há um provérbio popular que diz acerca do porco: Depois de morto cevada ao rabo. As aldeias raianas estão também elas mais mortas que vivas, se quisermos moribundas e agora de pouco vale colocar saneamento, vias de acesso, etc. Ao chegar num sábado à tarde, com o toque lúgubre dos sinos e não vendo vivalma, disse para comigo que lá se tinha finado mais um. Afinal era o toque para a missa que o padre não pode abranger todas as freguesias ao domingo. Mas a primeira notícia que me deram foi de que o Chico, Barroco de alcunha, tinha morrido. Em Vilar Maior cada um que morre sentimo-lo como uma perda nossa, porque cada um faz um pouco parte das nossas vidas, por que passava pelas ruas que passávamos e ao passar se mais não houvesse havia a salva: Vá com Deus! Mas aqui todas as pessoas têm história, têm pais e irmãos que conhecemos, têm jeitos e feitios, maneiras de ser e de dizer que torna cada um um personagem de uma história real.