( de um poeta da Vila)
À curva das cerejeiras, o horizonte ermo, silencioso;
e ao longe, o recorte cinza das colinas.
O vermelho dos primeiros telhados assoma na paisagem.
As árvores e os lameiros descem a prumo sobre a ribeira,
onde as águas correm no açude fugidias...
Há séculos. Que mimoso quadro!
Há momentos assim que param o tempo…
É esta a memória que guardo
dos passos do meu avô a extinguirem-se à curva das cerejeiras
, nas áleas da minha infância...
O lume do cigarro de enrolar a morrer-lhe na mão e aquele
– Queres um cigarro meu anjo?
O ruído dos passos naquele dia,
apagou-se no ar com uma nuvem de pó...
No último instante um chapéu acenando:
- Adeus meu anjo!
Ele já não existe.
As cerejeiras, entretanto secaram.
Mas ainda vejo uma jaleca preta afastando-se no horizonte ermo, silencioso...
E um vulto apressado que acena:
- Adeus meu anjo!
Da curva das cerejeiras da minha infância, aceno-lhe também:
-Adeus avô!
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