As muitas coisas que o assento de batismo nº10 do ano 1860 nos pode ensinar ou abrir uma porta para o estudo da sociedade, da cultura, da religião e suas instituições. O insólito do caso é tratar-se de um homem - um engeitado colocado na roda dos expostos - com cerca de 26 anos.
Aos treze dia do mez de Setembro, do anno mil oitocentos e sessenta pelas dez horas da manhã, na Igreja parochial desta freguesia, concelho do Sabugal, Distrito Eclesiástico de Alfaiates, Diocese de Pinhel, eu Presbítero Joze Ignacio de Faria, Reitor da mesma freguesia, baptizei solemnemente debaixo de condição e pus os santos Óleos, conforme a um Mandado que do Excelentíssimo Vigário Geral desta Diocese me foi entregue. Tendo corrido naquele tribunal um processo visto não se achar documento algum que comprove ter sido baptizado, eu assim comprovo observando para este acto todas as cerimónias que a Santa Igreja ordena para tal fim. Revestido da sagrada estola, capa e barrete, no meio da porta principal da Igreja veio da sua muito livre vontade apresentando-se de joelhos perante mim examinar em Doutrina Christã e actos de Fé, Esperança e Caridade, Atenção e Contrição respondendo a tudo com muita energia e perguntando ao dito catecúmeno para que fim se me apresentava respondeu que não sabia se era batizado e por isso me pedia por amor de Deus lhe ministrasse o sacramento do baptismo e ser contado no número dos filhos de Deus e ter Direito à Bemaventurança e perguntando como se queria chamar respondeu Joze Monteiro.
Logo lhe dirigi Quid putas ab Eclesia Dei, elle respondeu: Fidem, sem contenção …
Perguntando-lhe que idade teria disse ele que mais ou menos vinte seis ou vinte sete anos que fora exposto que não conhecera pai ou mãe. Atestou este acto muita gente e seus padrinhos e (diante) a todos ele quis ter recebido o Santo Sacramento do Baptismo lhe dirigi um excelente discurso e dando graças a Deus a todos abraçou como irmãos findando este acto com muito regozijo acompanhado de uma excelente banda de muzica. Foram seus padrinhos João António Ferreira, cazado, Professor do Ensino primário e sua molher D. Maria China desta freguesia os quais todos conheço serem os próprios para constar … »
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