Casa onde viveu (antes do ti Francisco Bárbara e do atual proprietário que a reconstruiu) José Silva, Lúcio Silva e mais tarde Ana Silva
A antroponímia ocupa-se do nome das pessoas, sendo que está ligada a um interessante ramo da antropologia, o parentesco que, sendo uma construção social, se funda no facto natural da reprodução dos indivíduos. E, ao contrário de outras classes de seres em que basta um nome comum para os designar, aos seres humanos que nascem é preciso dar-lhe um nome próprio a que se acrescenta o nome de família ou sobrenome. Em comunidades relativamente fechadas e que tendem mais para endogamia, por vezes, o repertório de nomes disponiveis é limitado, pelo que se recorre a outros complementos - pai, filho, novo, velho ou indicação do lugar onde vive ou, ainda, o recurso a alcunhas. Para o nome próprio, a maior parte das vezes, recorre-se ao nome dos progenitores, dos avós, tios ou pessoas consideradas.
Em Vilar Maior, lá pelos anos de 1850, vive José Silva de ascendência materna que não podemos precisar. Sabemos, contudo, ser filho de um padre, condição à época não invulgar. O pai proporcionou-lhe estudos com vista à sua ordenação sacerdotal que não se verificou. No entanto, esses estudos permitiram-lhe o exercício da função de escrivão de Juiz de Paz e de Secretário da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia, durante longos anos. Proprietário de uma quinta nos Vales, casou com Maria Valério de quem teve um filho a que chamou Lúcio. Este casou com Josefa Costa e teve um filho a que deu o nome de Bernardo, outro a que deu o nome de José Lúcio e uma filha a que chamou Ana. Todos Silva. Cada um deles, por sua vez, deu o nome de Lúcio a um dos filhos.
Entretanto, José da Silva, presumido filho do padre Florêncio José da Silva que , nos anos cinquenta e sessenta do século XIX, exerce as funções de capelão da Misericórdia de Vilar Maior, viúvo de Maria Valério, casou com Margarida Joaquina Pereira, natural de Nave de Haver, filha de um ferreiro que havia de ensinar a profissão aos netos, dos quais se distinguiu na arte o ti Zé Silva. Moradores na Rua Direita, tiveram uma extensa prole, quatro filhos (Francisco, Joaquim, António e José) e cinco filhas (Maria, Isabel, Leopoldina, Ana e Teresa).
Os Silvas, como acontecia antigamente, casaram, sobretudo os mais antigos, quase todos com pessoas da Vila, das seguintes famílias: Monteiro, Leonardo, Caramelo, Marques, Alves, Dias, Gonçalves, Seixas, Valério, Gouveia, entre outras.
Assim, a família Silva cresceu e multipicou-se cumprindo a ordem do criador, espalhou--se pelos cinco continentes. E se não fora a desobediência (o desmando, a paixão, a loucura) do meu trisavô, nenhum dos Lúcios e dos outros Silvas teria visto a luz do dia, nem eu estaria aqui a contar esta história.
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