(visita em 2 de Setembro de 2016)
Percurso: Peroficós – Cerdeira – Peroficós
Área 24,13 Km2; 229 habitantes; densidade populacional 9,5
Evolução da população
1864 |
1878 |
1890 |
1900 |
1911 |
1920 |
1930 |
1940 |
1950 |
1960 |
1970 |
1981 |
1991 |
2001 |
2011 |
297 |
322 |
450 |
495 |
550 |
472 |
517 |
614 |
651 |
576 |
512 |
382 |
385 |
262 |
229 |
A Cerdeira é a única estação do caminho-de-ferro no concelho, ainda que situado num seu extremo. Será fácil de imaginar o que significou para toda esta região a chegada do comboio, então, a grande promessa do progresso. As pessoas podiam agora deslocar-se com facilidade para todas as regiões do país.
A evolução da população, na povoação, resulta da construção da linha da Beira Alta que se tornava um dos mais importantes eixos ferroviários para o país que, assim ligava o interior do país ao litoral, na zona centro, e, o país à Europa na fronteira de Vilar Formoso. A linha com uma extensão de 202 Km (Pampilhosa- Vilar Formoso) foi inaugurada em 3 de Agosto de 1882. Vemos a população a aumentar constantemente, salvo uma quebra em 1920, até ao ano de 1950 e a cair constantemente até 2011 para um valor inferior a 1864.
O povoado situava-se na margem direita do rio Noémi mas a chegada do comboio levou ao seu crescimento na margem direita onde se construíra a linha e a estação de caminho-de-ferro. O crescimento da população é constante desde 1878 até 1950, ano a partir do qual decresce até a um valor inferior a 1864. Como escreve JMC: «A construção da linha férra levou o progresso e riqueza à Cerdeira, que vai crescendo e progredindo consideravelmente, sendo já uma das mais importantes povoações do concelho. Tem muitos estabelecimentos comerciais, farmácia (já teve duas) e escola para os dois sexos (…) No bairro novo existem já bons estabelecimentos perto da estação de caminho de ferro, que é uma das de maior movimento (…)No memso bairro há várias tabernas e casas de pasto».
Pois, aqui acorriam gentes e mercadorias de todas as terras do Sabugal, de povos de Almeida e da Guarda. Eu próprio recordo ir tomar o Trama à Cerdeira, com o meu colega Zé Vaz do Escabrahado, colega do seminário em Beja. Em tempo de Inverno, havia que sair cerca das cinco da manhã, calcorrear o caminho, a pé, durante três horas. Era aqui que chegava o correio que estafetas das várias terras iriam levar até ao destino as notícias de longe. Era aqui que chegavam os abastecimentos para os vários comércios e que carros de vacas ou bestas de cargas faziam chegar aos quatro cantos do concelho.
Cheguei, entrei na estação, atravessei a linha e assomei para o rio Noémi. Ninguém. Uma máquina:
Saudades do Chefe da Estação, o chefe Silva.
Atravessando a ponte para a margem esquerda lá está o colégio com o nome do desembargador Dr José Diniz da Fonseca, talvez o mais ilustre dos cerdeirenses por cuja obra, em prol da educação, muitos terão aprendido a ler e a escrever.
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